CPI da Covid: Randolfe pede quebra de sigilos de Pazuello
Vice-presidente da CPI da Covid pede quebra de sigilos de Eduardo Pazuello
Solicitação tem como base denúncia de contratação emergencial de reforma sem licitação
Randolfe Rodrigues pediu quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento pedindo a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
O pedido, que ainda será votado pelos senadores, tem como base denúncias veiculadas na terça-feira (18) pelo Jornal Nacional sobre a contratação de empresas para reforma de galpões do Ministério da Saúde sob o pretexto da emergência da pandemia da covid-19.
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O senador solicitou a relação de todas as ligações feitas ou recebidas por Pazuello desde 2020.
O requerimento também pediu relação de todas as empresas das quais o ex-ministro da Saúde venha a ser sócio, bem como dados de suas declarações de imposto de renda, além de dados bancários de Pazuello desde 2020, incluindo informações sobre investimentos, bens e valores mantidos em instituições financeiras.
Randolfe solicitou ainda acesso aos dados telemáticos, o que inclui dados de email e aplicativos de trocas de mensagens como o WhatsApp, Telegrama, entre outros.
No pedido, é solicitado acesso a todos os documentos relativos às contratações de empresas feitas pelo Ministério da Saúde para a reforma de galpões da pasta com dispensa de licitação desde o início da pandemia.
O Jornal Nacional mostrou que militares nomeados por Pazuello teriam escolhido empresas específicas para reformar prédios da pasta. Os contratos foram considerados irregulares pela Advocacia-Geral da União (AGU) e foram cancelados.
Depoimento de Pazuello à CPI
O ex-ministro da Saúde presta depoimento nesta quarta-feira à CPI da Covid. Em sua fala, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) comentou sobre as denúncias de fraudes e contratos sigilosos.
Pazuello afirmou que soube disso ontem, pelo jornal, e que as causas da contratação emergencial não foi a covid-19, mas o risco à integridade física de quem trabalhava no local. Além disso, ele acrescentou que os processos foram cancelados antes de acontecer.