Credit Suisse recorre à ajuda bilionária de Banco Central e ações começam dia em alta
Após ver suas ações perderem 25% de seu valor em um dia, o banco Credit Suisse pediu um empréstimo de 50 bilhões de francos suíços (R$ 285 bi) ao Banco Central da Suíça. O anúncio foi feito na madrugada desta quinta-feira (16). O banco central e o supervisor financeiro da Suíça já haviam anunciado ontem que o Credit Suisse cumpria as exigências de capital e liquidez e que poderia receber novos recursos.
Na manhã desta quinta-feira (16), o mercado reagiu rápido ao anúncio da ajuda. Por volta das 8h (horário de Paris), os papeis do banco suíço já tinham se valorizado em 31% e eram negociados a 2,22 francos suíços.
Como resultado da melhora da confiança, as bolsas europeias abriram em alta. A Bolsa de Paris registrava aumento de 1,49%, às 8h10 (horário local), a de Frankfurt estava em alta de 1,52% e a de Londres, de 1,4%.
Um dia de pânico
Na quarta-feira (15), as ações do Credit Suisse derreteram após seu maior acionista, o Banco Nacional Saudita, afirmar que não iria mais investir na instituição.
Ammar al-Khudairy disse que seu banco não tinha "absolutamente nenhuma intenção" de investir mais no Credit Suisse, insistindo que a decisão era principalmente regulatória. O banco saudita hoje tem pouco menos de 10% do capital do CS, e ampliar essa fatia exigiria a aprovação do supervisor do mercado suíço, o Finma.