Crescimento do turismo espacial pode afetar camada ozônio, aponta estudo
Estudo projeta possíveis danos do turismo espacial para a camada de ozônio;
Pesquisa demonstrou que resíduos expelidos por foguetes são 500 vezes mais eficientes em conservar calor na atmosfera que outras fontes de fuligem e gases juntas;
Cientistas analisaram os dados de 103 lançamentos que aconteceram ao redor do mundo em 2019.
O turismo espacial está em alta. E com o crescente interesse sobre o novo negócio, algumas preocupações começam a surgir paralelamente. Um estudo recente publicado na revista Earth's Future aponta para os possíveis danos dessas viagens à camada de ozônio.
A pesquisa, realizada em conjunto pelo Colégio Universitário de Londres (UCL) com a Universidade de Cambridge e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), descobriu que a fuligem expelida por foguetes danificam a camada de ozônio ao redor da terra e conservam calor 500 vezes mais que outras fontes do tipo.
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Os pesquisadores analisaram os dados de 103 lançamentos que aconteceram ao redor do mundo em 2019. Observou-se também que os resíduos são expelidos diretamente na estratosfera quando ocorre o desacoplamento de etapas do foguete.
Ainda que os pesquisadores reconheçam que tais danos são pequenos atualmente, eles apontam para a necessidade de regulamentação da crescente indústria de viagens turísticas ao espaço.
Segundo a pesquisa, se o turismo espacial continuar a aumentar semanalmente é possível que o Protocolo de Montreal seja prejudicado.
O tratado, instaurado em 1987, visa ao compromisso dos países em substituir os elementos responsáveis por destruir a estratosfera.