Contra superpopulação, metaverso discute criação de crianças 'tamagotchi'
Catriona Campbell afirmou que bebês virtuais podem ser o futuro
Ela comparou a criação de uma criança ao Tamagotchi
Medida foi indicada para combater a superpopulação
Teve quem achou que a Wanda tinha enlouquecido quando viajou pelo multiverso só para encontrar os filhos que não existiam na vida real. No entanto, se depender da ideia de uma escritora, a personagem pode ser considerada visionária.
Em entrevista ao jornal The Telegraph, a especialista em inteligência artificial Catriona Campbell defendeu a criação de “bebês virtuais” no metaverso para pessoas que desejam ter filhos.
No livro "AI by Design: A Plan For Living With Artificial Intelligence" ("IA por Design: um Plano para Conviver com a Inteligência Artificial") a autora compara crianças com o Tamagotchi, famoso bichinho de estimação virtual japonês que fez sucesso nos anos 90.
Para defender a tese, ela citou os impactos “devastadores” que o crescimento desordenado da população mundial está tendo no meio ambiente. A especialista ainda disse que “dentro de 50 anos, a tecnologia vai ter avançado tanto que bebês que existem no metaverso serão indiferenciáveis daqueles do mundo real".
Na hipótese fictícia, os bebês seriam vendidos em mercado e receberiam os filhos com rostos e corpos fotorrealísticos, capazes de interagir e responder amavelmente, através de reconhecimento facial e análise de voz. Ao contrário da vida real seria possível escolher se eles devem crescer e entrar na fase implicante da adolescência ou permanecer como criancinhas fofas.
"À medida que o metaverso evolui, acredito que crianças virtuais se tornarão uma parte aceita e totalmente bem-vinda da sociedade em muitos dos países desenvolvidos", explica Campbell.
Por custar menos, essa configuração família poderia ser uma alternativa para as 10% das pessoas que disseram ao estudo da YouGov que não queriam gestar devido a quantidade de dinheiro necessária para sustentar um outro ser humano, defende a tese.
Enquanto não temos acesso ao metaverso (ou ao multiverso), o jeito é escolher se pretende ou não gerar mais uma pessoa para o mundo real.