Datafolha: Ameaças de Bolsonaro contra o sistema eleitoral são vistas com preocupação por 56% dos entrevistados
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- Jair BolsonaroCapitão reformado, político e 38º presidente do Brasil
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e o Judiciário são levados à sério por 56% dos entrevistados na última pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado. Para 36% das pessoas consultadas, as declarações de caráter golpista do mandatário não terão consequências. E 8% dos participantes não souberam opinar. Os percentuais são exatamente os mesmos registrados pelo instituto em maio.
A preocupação é maior entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto. Entre os apoiadores do petista, 61% afirmam que as falas de Bolsonaro precisam ser encaradas com seriedade. Para 50% daqueles que declaram voto em Bolsonaro, as declarações são preocupantes, mas 40% acham que o tom golpista do presidente não merece atenção.
Os primeiros dados da pesquisa foram divulgados nesta quinta-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo". O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança no primeiro turno com 47% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na segunda colocação com 29%. Na pesquisa anterior, divulgada em junho, Lula aparecia com 47% e Bolsonaro com 28%.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos. A nova pesquisa indica que Lula poderia vencer a eleição presidencial no primeiro turno, caso o pleito acontecesse no cenário atual.
Possibilidade de golpe
Os entrevistados também foram questionados sobre a possibilidade de um golpe de estado. Para 56% dos participantes, não há qualquer chance de isso acontecer. Mas 36% das pessoas ouvidas na pesquisa essa ameaça é real e Bolsonaro vai, sim, tentar um golpe.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 90% afirmam que não haverá golpe e 6% dizem que o mandatário fará algo. No grupo daqueles que declaram voto em Lula, 58% acham que o atual presidente colocará em curso uma tentativa de golpe, enquanto 35% descartam