Debate na Band: Lula e Bolsonaro não respondem de onde virá dinheiro do Auxílio
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram questionados durante o segundo bloco do debate na TV Bandeirantes sobre como financiariam a continuidade de um benefício social no valor de R$ 600.
Nenhum dos candidatos especificou como seria feito o financiamento e, em vez isso, trocaram farpas. Segundo Bolsonaro, a forma de continuar a pagar o Auxílio Brasil, que tem o valor de R$ 600 apenas até o fim de 2022, é "não roubando, não metendo a mão no bolso do povo", acusando o petista de corrupção.
Lula, então, disse que Bolsonaro mentia, já que a previsão da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) não prevê a continuidade do valor, mas sim a volta do pagamento de R$ 400.
"É importante lembrar que a manutenção dos R$ 600 não está na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] mandada para o Congresso, há uma mentira no ar", argumentou Lula. O candidato promete que manterá o valor mais alto, mas tampouco explicou como.
Bolsonaro questionou também porque o valor do Bolsa Família não foi aumentado pelo PT no passado.
Veja como foram as últimas pesquisas eleitorais de 2022:
O encontro histórico ocorre na sede da TV Bandeirantes, em São Paulo.
Comparecem ao evento os candidatos:
Jair Bolsonaro (PL)
Lula (PT)
Ciro Gomes (PDT)
Simone Tebet (MDB)
Felipe d’Avila (Novo)
Soraya Thronicke (União Brasil)
As regras do embate foram definidas entre a organização e as equipes de campanha dos candidatos. Ficou acordado, então, que o evento não contará com plateia, sendo que cada candidato poderá ser acompanhado por até 4 assessores dentro do estúdio.
Lula e Bolsonaro ficariam lado a lado durante o debate, porém, conforme informou o jornal Folha de S. Paulo na noite de hoje, isso não acontecerá mais. A mudança aconteceu após pedido da segurança das duas campanhas.
Como foi o primeiro bloco do debate?
No primeiro bloco do debate entre candidatos à presidência na noite desta domingo (28), os presidenciáveis responderam perguntas de jornalistas e, em seguida, fizeram perguntas entre eles. O esperado embate entre Bolsonaro e Lula aconteceu logo na primeira pergunta. O debate esquentou quando o tema foi corrupção. Leia aqui um resumo do primeiro bloco.
Veja a seguir as principais regras:
O debate vai se dividir em três momentos: perguntas sobre programas de governo, confronto entre os candidatos e questionamento dos jornalistas dos veículos organizadores.
O primeiro questionamento será destinado a todos os concorrentes. Eles deverão explicar em um minuto e meio as propostas de seus planos de governo.
Depois será a vez do confronto entre os candidatos. Bolsonaro será o primeiro a perguntar e pode escolher qualquer dos postulantes.
Depois do chefe do Executivo, será a vez de Ciro; Luiz Felipe d'Avila; Soraya Thronicke; Lula e, por último, Simone Tebet.
Segundo o portal UOL, no segundo bloco, será a vez dos jornalistas dos veículos envolvidos na organização do evento fazerem as perguntas.
A resposta deverá ser formulada em quatro minutos, sendo metade desse tempo destinado à réplica.
No último bloco, haverá novos confrontos entre os presidenciáveis, e a ordem deve seguir o sorteio prévio.
Nesse momento, serão oferecidos um minuto e mais um para a réplica. Quatro minutos serão usados para resposta e tréplica.
Por fim, os postulantes terão dois minutos para defenderem suas candidaturas.
De acordo com as regras do encontro, caso haja ofensa moral e pessoal, o candidato pode pedir ao moderador o direito de resposta imediatamente após a conclusão da fala do ofensor.
A solicitação será avaliada por um comitê formado por quatro jornalistas da organização do encontro e um advogado.
Caso o pedido seja aceito, o candidato ofendido terá 45 segundos para falar.
Qual a data das Eleições 2022?
O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro, um domingo. Já o segundo turno – caso necessário – será disputado no dia 30 de outubro, também um domingo.
Veja a ordem de escolha na urna eletrônica nas Eleições 2022
Deputado federal (quatro dígitos)
Deputado estadual (cinco dígitos)
Senador (três dígitos)
Governador (dois dígitos)
Presidente da República (dois dígitos)