Desabamento em shopping de Osasco: espaço seguirá fechado por tempo indeterminado; veja antes e depois
Após parte do estacionamento do Osasco Plaza Shopping, na região metropolitana de São Paulo, desmoronar sobre o pavimento inferior, próximo à praça de alimentação, nesta quarta-feira, o local está interditado por tempo indeterminado, com o alvará de funcionamento do espaço sendo suspenso enquanto houver riscos de novos acidentes.
Vídeo: veja momento em que estrutura se rompe e engole veículos
Veja imagens: shopping de Osasco onde teto caiu já teve explosão em 1996, deixando 42 mortos
Imagens mostram como era o espaço atingido pela queda de parte da estrutura antes e depois do desabamento. É possível ver um corredor um interno do estabelecimento, com diversas lojas. Na sequência do setor, há vários bancos para clientes se sentarem. O buraco aberto na cobertura fez com que quatro veículos que estavam estacionados na cobertura fossem "engolidos" e caíssem no andar de baixo.
Pouco antes do momento da queda, a área havia sido isolada em função de um gotejamento, de acordo com o Corpo de Bombeiros. As imagens de câmeras de segurança serão analisadas.
O superintendente do Osasco Plaza, David Trindade Junior, afirmou ao GLOBO que não houve feridos no local, apenas danos materiais. O executivo, que estava no local no momento do incidente, disse que a estrutura do edifício não foi afetada.
— A laje que caiu não tem relação nenhuma com a estrutura do shopping, foi uma laje de estacionamento para seis vagas construída há 10 anos. Essa laje começou a fazer barulho e soltou gesso hoje à tarde. O pessoal da segurança isolou a área, eu desci para ver o que estava acontecendo. Não tinha ninguém ali quando a laje caiu — disse Trindade.
Histórico de acidentes
O shopping foi inaugurado em abril de 1995 e é um empreendimento da B7 Participações, com administração própria. O mesmo local registrou uma explosão em 11 junho de 1996, véspera do Dia dos Namorados.
À época, concluiu-se que um vazamento de gás no subsolo do edifício causou o acidente, que deixou 42 mortos e 472 feridos. Em 1999, a Justiça de São Paulo condenou cinco pessoas pela explosão, entre elas um dos proprietários e um administrador. Em fevereiro de 2005, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu o administrador e o proprietário.
Anos depois, em 2004, o mesmo empreendimento teve um desabamento de parte de uma parede. Na ocasião, não houve feridos. Hoje, o shopping recebe mensalmente cerca de 3 milhões de visitas, de acordo com a página oficial do shopping, e tem 48 mil metros de área construída.