Dia Internacional das Mulheres: imprensa francesa denuncia injustiças e atraso nos direitos

AFP - PASCAL GUYOT

A imprensa francesa desta quarta-feira, 8 de março, marca o Dia Internacional das Mulheres com reportagens especiais e análises sobre a luta das cidadãs do sexo feminino por igualdade. Os jornais apontam injustiças e demora na evolução dos direitos delas.

"Aborto, base comum das feministas" é a manchete do jornal católico La Croix, que destaca que o presidente francês, Emmanuel Macron, pode anunciar hoje a inscrição da interrupção voluntária da gravidez na Constituição francesa. O aborto é legalizado na França, mas diante dos recentes recuos em relação à prática nos Estados Unidos, as francesas querem constitucionalizar esse direito para protegê-lo.

O diário faz uma retrospectiva da batalha das mulheres no país para conseguir legalizar o aborto na França. Também conta a história da chamada "Lei Veil", promulgada em 1975, e que leva o nome da advogada e ministra Simone Veil, autora do projeto de legislação que descriminalizou na França o chamado IVG - sigla para interrupção voluntária da gravidez.

"Elas contam 125 feminicídios" é o título de uma matéria do jornal Le Parisien que destaca a chegada às livrarias, neste 8 de março, de uma obra da escritora francesa Sarah Barukh que convidou 125 personalidades francesas femininas a homenagear 125 mulheres assassinadas por seus maridos ou namorados.

Francesas contra a reforma da Previdência


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