Dino vê Zema como "sub-Bolsonaro" e responde acusações sobre atos terroristas
Para ministro, governador já pensa como candidato à presidência em 2026
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, rebateu na última terça-feira (17) as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) sobre a atuação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos atos terroristas do último dia 8, em Brasília.
Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Zema afirmou que o Executivo federal "errou" e "fez vista grossa" propositalmente para os episódios de violência e vandalismo na capital federal, para, posteriormente, se fazer de "vítima".
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele. Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, é a terra da democracia. Então, não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terrorista", declarou Dino em entrevista ao portal Fórum.
O ministro lembrou que Zema esteve presente em uma reunião de todos os governadores do país com Lula, logo após o episódio, e questionou: "Por que ele não falou lá? Por que não questionou ao presidente da República? Seria mais decente do que falar posteriormente, né?".
Candidato para 2026?
Dino ainda pediu "ponderação" ao governador mineiro em meio a um momento tão polarizado e considerou que a declaração de Zema já faz parte da construção de um possível candidato à presidência em 2026.
"Eleição tem em 2026. Agora, não acho que seja adequado o candidato querer se colocar na agenda sendo uma espécie de sub-Bolsonaro. Fica feio. Acho deplorável esse tipo de coisa acontecer", avaliou.
Como se organizaram os atos terroristas em Brasília? A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.