Dona do Facebook quer que funcionários parem de discutir aborto
Um executivo da Meta, conglomerado de tecnologia responsável pelo Facebook e WhatsApp, disse que funcionários estão proibidos de discutir sobre aborto internamente;
A ordem faz parte de uma política imposta pela Meta em 2019, que proíbe o debate interno sobre o tema;
O texto está na seção interna de ‘Política de Comunicação Respeitosa’ da companhia.
Um executivo do conglomerado de tecnologia Meta, responsável pelo Facebook e WhatsApp, disse a funcionários da companhia na última quinta-feira (19) que estão proibidos de falar sobre aborto dentro do Workplace, uma plataforma colaborativa online interna para trabalhos em grupo e mensagens instantâneas.
Segundo o site norte-americano The Verge, o executivo citou como justificativa o 'risco aumentado' de que a empresa seja enxergada como um ‘espaço de trabalho hostil’.
A política foi imposta pela Meta em 2019, e desde então proíbe que funcionários emitam ‘opiniões ou debates sobre o aborto ser certou ou errado, disponibilidade ou direitos do aborto, visões políticas, religiosas e humanitárias sobre o tema’. O texto está na seção interna de ‘Política de Comunicação Respeitosa’ da companhia.
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Em reunião geral com funcionários da Meta na última quinta-feira, a vice-presidente de Recursos Humanos da empresa, Janelle Gale, disse que o tópico do aborto é um dos mais polêmicos e comentados pelos empregados na plataforma Workplace.
Posição das grandes empresas
A maior parte das grandes companhias ainda não deu uma opinião clara sobre sua posição em relação ao aborto.
Amazon e Tesla afirmaram que cobririam algumas despesas das funcionárias que precisassem viajar para realizar o procedimento.
A Salesforce alegou que ajudaria nas despesas de mudança, caso as trabalhadoras quisessem deixar o Texas, onde o aborto é ilegal, para outro estado.
Lyft e Uber prometem cobrir despesas legais para motoristas processados sob leis estaduais por transportarem pessoas em busca de aborto.
*As informações são do The Verge.