Dono da Jovem Pan renuncia após ser acusado de apoiar terrorismo; veja detalhes
O presidente da Jovem Pan, o empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (9). As informações são do portal UOL.
A saída ocorre no dia seguinte à invasão de terroristas bolsonaristas aos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal). A emissora de rádio e TV foi acusada nas redes de fomentar os atos de terrorismo em Brasília (DF).
O novo presidente, segundo o portal UOL, deve ser Roberto Araújo, então CEO do grupo Jovem Pan desde 2014. A emissora ainda confirmou institucionalmente a saída e não se pronunciou oficialmente sobre a mudança.
Apesar da renúncia, Tutinha seguirá como maior acionista do grupo.
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Desde a estreia da emissora, em outubro de 2021, os comentaristas da Jovem Pan são apontados como propagadores de fake news, incentivadores de atos bolsonaristas e amplificadores do discurso golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas, STF e o resultado eleitoral.
Na campanha, a Jovem Pan inclusive foi alvo de decisões da Justiça Eleitoral determinando direito de resposta à campanha do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na última delas, a três dias do segundo turno, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, aprovou nesta sexta-feira (28) o conteúdo do direito de resposta elaborado pela campanha petista e que deve ser veiculado em programas da Jovem Pan. O texto afirma, entre outros pontos, que "Lula é inocente".
No último dia 17, o tribunal concedeu três direitos de resposta ao petista por acusações feitas por comentaristas do canal de que ele mente e não foi "inocentado". A emissora recorreu para tentar vetar a mídia da resposta apresentada pelo petista, mas Moraes manteve o conteúdo.