Drag brasileira, Fontana relata xenofobia na Suécia ao entrar em reality show: 'Solidão'
Confirmada na versão sueca de "Rupaul's drag race", a drag queen brasileira Fontana usou as redes sociais para desabafar sobre ataques xenofóbicos sofridos. Sem citar nominalmente os responsáveis, ou os tipos de mensagens que anda recebendo, a gaúcha disse que as mensagens de ódio são frequentes e estão enraizadas numa Suécia desconhecida do grande público.
"A Suécia tem raizes xenofóbicas profundas. Nas eleições, o partido nazista cresceu absurdamente. Ser imigrante latina LGBTQ+ drag queen me coloca em camadas de preconceito. Um sentimento de solidão de não pertencer a lugar nenhum, já que sofria muito no Brasil", escreveu Fontana, que agradeceu em seguida ao apoio de brasileiros que se solidarizaram com o caso.
Este não é o primeiro programa que a drag participa. Em 2018, ela mostrou seu lado cantora na versão também sueca do "Got talent", chegando até a fase das semi-finais. No novo reality show, Fontana disputa a coroa com outras oito drag queens competidoras.
Fontana é natural de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, tem 29 anos e mora em Estocolmo, na Suécia.