É falso que desembargador mandou soltar golpistas presos em Brasília
Vídeo sobre a soltura de Milton Ribeiro circula fora de contexto
Boatos sobre supostas decisões para soltar bolsonaristas radicais presos em Brasília seguem circulando nas redes sociais. Entenda o que alegam as publicações mais recentes:
O desembargador Ney Bello teria mandado soltar os golpistas presos após os ataques terroristas à capital federal, no último 8 de janeiro
A mesma decisão teria ordenado a soltura do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e dos presos na mesma operação
Mas isso é falso. A decisão que libertou Milton Ribeiro foi dada há cerca de seis meses, em 23 de junho de 2022, não há registro de qualquer ordem recente para a soltura de todos os golpistas presos no DF (Distrito Federal).
Vídeo fora de contexto
O trecho do vídeo viralizado nas redes não tem qualquer relação com a prisão de golpistas em frente ao QG do Exército em Brasília. O jornalista fala sobre a soltura do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que havia sido preso em 22 de junho de 2022.
Uma busca no YouTube pelas palavras-chave "desembargador Ney Bello soltar Milton Ribeiro" direcionou ao vídeo original da notícia, que foi ao ar na CNN.
O conteúdo, publicado há cerca de seis meses, informa que a decisão do desembargador Ney Bello do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) ordenou a soltura de Ribeiro e de todas as pessoas que haviam sido presas preventivamente na mesma operação.
Uma busca no Google não identificou qualquer notícia sobre uma suposta decisão judicial que tenha levado à soltura dos golpistas.
Prisões mantidas
Nesta quarta-feira (19), o STF (Supremo Tribunal Federal) publicou um balanço sobre as prisões das pessoas supostamente envolvidas nos atos de terrorismo em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes analisou desde a terça-feira (18) a situação de 1.075 suspeitos. Deles, 740 seguem presos, em caráter preventivo, e 335 responderão ao processo submetidos a medidas como o uso de tornozeleira eletrônica.
Conteúdo semelhante foi verificado pelo Aos Fatos.