Eleição no Senado: Pacheco tem mais votos, mas Marinho cresce em apoio
Presidente da Casa será escolhido na próxima quarta-feira (1º)
(REUTERS/Ueslei Marcelino)
A eleição para a presidência do Senado, marcada para a quarta-feira (1º), se aproxima com um cenário ainda indefinido: de um lado, Rodrigo Pacheco (PSD), que disputa a reeleição e possui maior número de votos; do outro, Rogério Marinho (PL), cujo apoio vem crescendo nos últimos dias.
A situação é bastante diferente na Câmara dos Deputados. Arthur Lira (PP), que tenta um novo mandato, lidera com folga. Seu único concorrente até o momento é Chico Alencar, que tem apoio isolado do PSOL.
No Senado, há ainda um terceiro candidato: o senador Eduardo Girão, do Podemos.
Como será a votação no Senado?
Para vencer, o candidato precisa de ao menos 41 votos favoráveis;
Caso a quantidade não seja atingida, a votação vai para o segundo turno;
Eleição acontece na quarta-feira, também na Câmara dos Deputados;
Eleitos comandarão as casas de 1º de fevereiro de 2023 até 31 de janeiro de 2025.
Apoios
Pacheco possui o voto de senadores da base de apoio do presidente Lula (PT) e dos partidos de centro – o que dá em torno de 40 votos.
Marinho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conta com os votos da oposição, totalizando cerca de 23 votos.
Alguns partidos ainda não decidiram quem apoiar. Veja abaixo:
Declararam apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco:
PSD: 14 senadores
MDB: 10 senadores
PT: 9 senadores
PDT: 3 senadores
PSB: 2 senadores
Cidadania: 1 senador
Rede: 1 senador
Declararam apoio ao senador Rogério Marinho:
PL: 13 senadores;
PP: 6 senadores;
Republicanos: 4 senadores.
Ainda não se posicionaram:
União Brasil: 10 senadores;
Podemos: 5 senadores;
PSDB: 3 senadores.
Surpresas
Embora muitos parlamentares acreditem na vitória de Pacheco, é possível que o cenário mude devido a traições dentro das bancadas. Isso porque o voto é secreto, em cédula de papel, e o senador pode acabar votando contra a orientação do partido ou contra um acordo feito com determinado candidato sem que ninguém saiba.
Outra possibilidade é que o Podemos retire, no dia da votação, a candidatura de Girão. Para enfraquecer Pacheco, pode apoiar em peso Marinho na disputa.