Em primeiro discurso, novo ministro da Saúde defende uso de máscara e lavar as mãos
Novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga falou com a imprensa pela primeira vez
Ele falou em enfrentar a pandemia, mas "sem parar a economia"
Queiroga prometeu conversar com prefeitos para agilizar vacinação
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta terça-feira o uso de máscara e lavar as mãos como medidas preventivas simples que podem evitar a paralisação da economia do país, e pediu a união de esforços no enfrentamento à pandemia de Covid-19 ao reconhecer que não vai fazer mágica.
"A gente pode com essas medidas simples evitar ter que parar a economia de um país", disse Queiroga em pronunciamento ao lado do general Eduardo Pazuello, a quem substituirá no comando do ministério, na saída de uma reunião na sede da pasta.
Novo ministro admite nova onda da pandemia
Queiroga admitiu que o país vive uma "nova onda" da pandemia, com muitos óbitos, e disse que é preciso melhorar a qualidade da assistência de saúde.
Ele também pediu uma "união da nação" contra a Covid-19, disse que quer trabalhar "em parceria" com secretários estaduais e municipais, ressaltou que sozinho não vai "fazer nenhuma mágica" e destacou medidas como uso de máscara e higiene das mãos para "preservação da economia".
"Fui convocado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde do Brasil. Sei a responsabilidade que tenho. Sei que sozinho não vou fazer nenhuma mágica e não vou resolver os problemas da saúde pública que temos. Mas tenho certeza que teremos ajuda dos brasileiros:, disse ele.
Queiroga promete trabalhar em conjunto com municípios
Em seguida, ressaltou que trabalhará com gestores locais:
"Agora temos que unir esforços com os secretários municipais de Saúde, o Brasil tem mais de 5.570 municípios, os secretários estaduais, os órgãos representativos como Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretrias Municipais de Saúde)", afirmou.
Quem é Marcelo Queiroga
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga chega ao cargo com o desafio de chefiar a pasta no pior momento da pandemia no país e com uma forte pressão pela vacinação em massa da população.
Bolsonaro também prometeu, sem explicar detalhes, que o novo ministro será responsável por um amplo programa de vacinações. "No tocante a vacinas, um programa bastante ousado, mais de 400 milhões de doses contratadas até o final do ano. Este mês vamos receber mais de 4 milhões de vacinas, e essa política de vacinação em massa continuará cada vez mais presente em nosso governo."
Marcelo Queiroga tem bom trânsito no governo Bolsonaro
Marcelo Queiroga já tinha demonstrado ter um bom trânsito no governo mesmo antes de ser anunciado como ministro. Ele agrada não só Bolsonaro como também a militância do presidente nas redes sociais, mesmo defendendo o isolamento social.
Qual o perfil de Marcelo Queiroga para ser ministro?
Com perfil técnico, Queiroga fez parte da equipe de transição do governo na área da saúde e foi indicado por Bolsonaro para assumir um cargo na direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Onde Marcelo Queiroga se formou médico?
Formado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba, Queiroga tem mais de 30 anos de experiência como médico. Hoje, ele cursa doutorado em Bioética na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal. Ele também é diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, na Paraíba.
O que há no currículo de Marcelo Queiroga?
No currículo enviado ao Senado, Queiroga informou ser diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita (PB).
Marcelo Queiroga ja é indicado para a ANS
Em dezembro do ano passado, Queiroga foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação ainda não foi votada pelo Senado Federal.
Com REUTERS e AGÊNCIA O GLOBO