Embaixada dos EUA pede aos seus cidadãos que abandonem o Iraque

Iraqi army soldiers are deployed in front of the U.S. embassy, in Baghdad, Iraq, Wednesday, Jan. 1, 2020. Iran-backed militia have withdrawn from the U.S. Embassy compound in Baghdad after two days of clashes with American security forces. (AP Photo/Nasser Nasser)
Ataque de milícia iraquiana contra embaixada dos EUA em Bagdá aconteceu após ataque das forças de segurança de Trump. (Foto: AP Photo/Nasser Nasser)

A embaixada norte-americana em Bagdá, atacada na terça-feira por pró-iranianos, apelou nesta sexta-feira (3) aos seus cidadãos que deixem o Iraque "imediatamente". O pedido foi divulgado poucas horas depois do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani numa operação dos Estados Unidos.

A representação diplomática dos EUA pediu aos norte-americanos no Iraque "que partam de avião o mais rápido possível" ou saiam "para outros países por via terrestre". As principais passagens de fronteira do Iraque levam ao Irã e à Síria, mas há outros pontos de passagem para a Arábia Saudita e a Turquia.

O assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, enviado da República Islâmica ao Iraque, representa "uma escalada perigosa da violência", disse hoje a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, a democrata Nancy Pelosi.

"Os Estados Unidos - e o mundo - não podem permitir uma escalada de tensões que chegue a um ponto sem retorno", afirmou Nancy Pelosi em um comunicado.

A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general durante ataque aéreo, na manhã de hoje, contra o aeroporto de Bagdá. A ação norte-americana também visou o "número dois" da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono em um comunicado.

Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu hoje vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional.

da Agência Brasil