Empresa de games cria museu com mais de 50 mil itens antigos
(Getty Images)
Embracer Group cria museu de games;
Há mais de 50 mil itens catalogados, como jogos, consoles e acessórios;
Empresa adquiriu, recentemente, estúdios da Square Enix, com títulos como Tomb Raider.
A Embracer Group, controladora de empresas que desenvolvem e lançam jogos, está determinada a manter viva a história da indústria de games, uma das principais do entretenimento. Para cumprir com esse objetivo, anunciou, recentemente, a criação do Embracer Games Archive, um museu focado em preservar o passado dos jogos eletrônicos.
O local fica na cidade de Karlstad, na Suécia, e conta com cerca de 50 mil itens catalogados, como games, consoles, acessórios e mais. Segundo informações do site oficial, há uma equipe de cinco pessoas trabalhando no museu.
“Imagine um lugar onde todos os videogames físicos, consoles e acessórios estejam reunidos no mesmo lugar. E pense no quanto isso pode significar para a cultura dos jogos e permitir a pesquisa de videogames”, diz David Boström, CEO do setor de arquivo da empresa.
Como próximos passados, a Embracer pretende criar um banco de dados, ainda neste ano, e colaborar com instituições, museus, pesquisadores e jornalistas. Há ainda planos de exibições públicas de parte dos arquivos, tanto na sede quanto em outros lugares, mas isso ainda deve demorar um pouco para acontecer.
Nas últimas semanas, o grupo surpreendeu o mercado ao incorporar os estúdios ocidentais da Square Enix, incluindo séries famosas como Tomb Raider, Deus Ex e Legacy of Kain.
“No Embracer Games Archive, acreditamos que os jogos carregam uma herança que vale a pena celebrar e proteger para o futuro. Nosso objetivo é claro – queremos arquivar e salvar o máximo possível da indústria de videogames”, concluiu o executivo.
Guerra destrói museu
Não é só a Embracer Group que tem a meta de preservar a memória do mundo dos games. Colecionadores também apostam em ambientes com aparelhos, jogos e outras peças antigas, como é o caso de Dmitry Cherepanov, que possuía um museu particular com mais de 500 computadores e videogames na cidade ucraniana de Mariupol, a cerca de 50 quilômetros da fronteira com a Rússia.
A iniciativa, entretanto, chegou a um triste fim. Após sofrer um bombardeio, a coleção que levou mais de 15 anos para ser construída ficou em pedaços, bem como a casa de Cherepanov.
"Saudações aos retrô maníacos! Bem, é isso, o Museu do Computador de Mariupol não existe mais. Tudo o que resta da minha coleção que recolhi durante 15 anos são apenas um fragmento de memórias na página do Facebook, site e estação de rádio do museu. Vou tentar continuar a apoiar o site e a rádio RetroBit, mas a vida agora terá prioridades completamente diferentes. Não existe nem o meu museu nem a minha casa. Dói, mas definitivamente vou sobreviver e encontrar um novo lar!", escreveu no Facebook.
O colecionador costumava realizar posts regulares no site it8bit.club, onde é possível relembrar alguns itens de seu museu particular. Logo na página inicial, ele deixa uma mensagem de despedida a seu sonho.
“A coleção foi recolhida de 2003 a 2018, mas agora está destruída pela guerra que destruiu minha casa, meu museu e toda a minha cidade de Mariupol = (na qual morei por 45 anos. Descanse em paz! Agora só me resta este site como memória do meu museu”.