Entenda por que colapso de banco do Vale do Silício causa apreensão em vários países
Em um movimento dramático no domingo (12), o Tesouro dos Estados Unidos assumiu o comando e forneceu uma salvação para os clientes do Silicon Valley Bank (SVB) protegendo todos os seus depósitos além dos limites federalmente segurados.
Thiago de Aragão, de Washington
Esta medida foi tomada após o banco PNC Financial recusar qualquer oferta de aquisição do SVB, que atende a uma série de empresas de tecnologia do Vale do Silício. Sem esta ação decisiva do governo americano, estes clientes poderiam ter grandes prejuízos.
O SVB era uma potência no mundo financeiro, oferecendo recursos inestimáveis a empresas de tecnologia em setores-chave. Do software empresarial e fintech à tecnologia de fronteira e às ciências da vida, o empreendedorismo floresceu graças, em parte, à instituição, que proporcionava linhas de crédito para as start-ups.
A falência de uma instituição financeira como o SVB, que não acontecia desde a crise de 2008, enviou ondas de choque ao mundo financeiro, mostrando que todos os sistemas bancários precisam permanecer vigilantes contra colapsos. Felizmente - embora não sem consequência - o Tesouro dos EUA interveio com uma ação decisiva que deu alguma garantia a outros bancos.
Nos próximos dias, a administração Biden deve informar o Congresso sobre as decisões tomadas sobre o SVB, antes de seu colapso. Depois disso, será possível fazer um exame mais profundo do impacto que o banco teve na indústria tecnológica e o que deu errado com a instituição, tão influente no mundo das finanças.
As empresas, que antes eram prósperas no Vale do Silício, e seus investidores entraram em pânico devido a um potencial efeito dominó do setor bancário, desencadeado pelo inesperado colapso da SVB.
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