Entregadores de comida de aplicativos lutam por direitos trabalhistas em Paris

No domingo, 1Âș de maio, Ă© comemorado o Dia do Trabalhador, um dos feriados mais importantes do calendĂĄrio francĂȘs. Para a ocasiĂŁo, a RFI foi Ă s ruas de Paris para ver as condiçÔes em que trabalham os entregadores de alimentos online. Apesar do fato de que em vĂĄrios paĂ­ses os motoristas de entregas ganharam batalhas judiciais, a situação na capital francesa ainda Ă© sombria para muitos destes profissionais.

"Chegamos pela manhĂŁ e vamos para as ĂĄreas onde hĂĄ muitos restaurantes, conectamo-nos Ă  plataforma e esperamos por um pedido", diz um marfinense de 23 anos que prefere nĂŁo dizer seu nome Ă  RFI.

SĂŁo dez horas da manhĂŁ no bairro central de Sentier, onde hĂĄ uma grande atividade tanto em escritĂłrios como em bares e restaurantes. O jovem, que estĂĄ em Paris hĂĄ trĂȘs anos e que se vira hĂĄ um ano e meio como motorista de entregas, trabalha para a plataforma Uber com uma bicicleta alugada pela qual paga € 109 (cerca de R$ 500) por mĂȘs. Ele sĂł descansa quando estĂĄ doente, diz. Ele nĂŁo tem contrato, nem seguridade social ou direito a fĂ©rias.

"Eu faço cerca de dez ou doze pedidos por dia, depende, alguns dias eu faço apenas um". Recebo dois euros, trĂȘs, cinco, dependendo das distĂąncias. Quando sĂŁo oito quilĂŽmetros, sĂŁo seis euros. Com isso eu ganho € 700 ou € 800 por mĂȘs", calcula o jovem marfinense enquanto mantĂ©m um olho no telefone para ver se ele tem uma nova corrida.

Ele tambĂ©m reclama que sofreu muito racismo e que nĂŁo Ă© o Ășnico. "HĂĄ pessoas que nos tratam muito mal e se vocĂȘ reclamar, eles lhe dĂŁo uma mĂĄ marca na plataforma e depois o tiram do sistema", lamenta.

A luta dos entregadores no tribunal contra as plataformas


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