Espiral misteriosa vista no céu do Havaí foi "culpa" da SpaceX
Na última semana, uma espécie de espiral brilhante apareceu no céu do Havaí. Curiosamente (ou não), a forma surgiu no mesmo dia em que a SpaceX lançou um satélite da Força Espacial norte-americana. Para alguns especialistas, a espiral surgiu a partir de propelente ejetado pelo foguete durante o lançamento da missão.
O fenômeno foi registrado pela câmera Subaru-Asahi Star, do Observatório Astronômico Nacional do Japão e do jornal japonês Asahi Shimbun. Ela está instalada no telescópio Subaru, localizado no Havaí, e registrou uma forma luminosa que parece se mover pelo céu, desaparecendo em seguida.
Em uma publicação no Twitter, a equipe do telescópio sugeriu que a espiral azulada parecia ter relação com o lançamento da SpaceX. Scott Tilley, cientista cidadão, concordou, observando que a espiral apareceu em uma posição que correspondia ao local em que o segundo estágio do foguete Falcon 9 deveria estar após o lançamento.
Fuel vent from the F9 2nd stage from the NAVSTAR 82 (USA 343) [55268, 2023-009A] launch. The payload orbital elements propagated back reveal a very close match around 2023-01-18T14:40 UTC. pic.twitter.com/UmcStuWj2L
— Scott Tilley 🇺🇦 (@coastal8049) January 20, 2023
Esta não é a primeira vez que lançamentos da SpaceX geram fenômenos luminosos no céu e viram notícia. No ano passado, por exemplo, moradores do litoral da Flórida, nos Estados Unidos, observaram uma estrutura luminosa com formato que lembrava o de uma água-viva, que surgiu com a interação do foguete Falcon 9 com a atmosfera. Este fenômeno costuma ocorrer quando um foguete decola nas primeiras horas do dia ou poucas horas antes do anoitecer.
O que causou a “espiral” no céu do Havaí?
SPACE JELLYFISH
From today’s SpaceX launch. Beautiful pic.twitter.com/98mzIGHDOm— Chris Combs (iterative design enjoyer) (@DrChrisCombs) May 6, 2022
Para entender a provável causa por trás da aparição no céu havaiano, vale entender como os lançamentos dos foguetes Falcon 9 acontecem.
Quando o primeiro estágio (aquele que dá propulsão ao veículo para o lançamento) se separa do segundo (este que guarda cargas úteis), ele inicia seu retorno para a Terra. Após a separação, o segundo estágio aciona seu motor para seguir até a posição necessária para liberar os satélites em órbita. Depois, o combustível que sobrou é ejetado antes da reentrada do estágio na atmosfera. Com isso, ele inicia movimento rotativo, até que deixa a órbita da Terra e desce para pousar no oceano.
Como resultado, surge uma nuvem de cristais de combustível congelado em formato espiral que, quando iluminados pelo Sol, se destacam no céu. As espirais são observadas mais frequentemente sobre o oceano Pacífico pois é ali que a maior parte dos estágios dos foguetes Falcon 9 descem para serem resgatados, restaurados e reutilizados.
Fonte: Canaltech
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