Esposa de Anderson Torres é exonerada da Câmara Legislativa do DF
O ato foi assinado pelo presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB)
A esposa do ex-ministro Anderson Torres, Flavia Michele Sampaio Torres, foi exonerada do cargo especial do gabinete de liderança da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A informação é do portal UOL.
O texto, que foi assinado pelo presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), determina que Flavia seja "devolvida" ao seu órgão de origem, no Banco do Brasil, onde ocupava a função de assistente operacional júnior.
Quem é Flavia Michele Sampaio Torres
Esposa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
Graduada em Letras e Direito;
Pós-graduada em Direito;
Concursada do Banco do Brasil;
Teria salário de cerca de R$ 4,2 mil nesta função.
Ao assumir o posto na Câmara Legislativa do DF, a servidora passou a ter um salário de cerca de R$ 8 mil a mais do que a ocupação anterior: chegou ao valor bruto de R$ 10.779,27.
Quem é Anderson Torres
O ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) é investigado por suspeita de omissão nos atos terroristas de bolsonaristas radicais do último dia 8 em Brasília. Na ocasião, prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados por apoiadores por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também agrediram policiais e jornalistas.
Anderson Torres foi detido assim que retornou ao Brasil, no dia 14 de janeiro. Ele passou por audiência de custódia virtual, e a Justiça determinou que ele seguisse preso.
Durante os atos terroristas de bolsonaristas extremistas, o ex-ministro estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos, e teria negligenciado a segurança na capital federal mesmo diante dos avisos dos manifestantes golpistas.
Por que Torres foi preso?
Ele é acusado de ter facilitado os atos terroristas no Distrito Federal no dia 8 de janeiro e sabotado o esquema de proteção montado para evitar os ataques.
Torres não estava em Brasília no momento da invasão e depredação da sede dos Três Poderes. Como secretário de Segurança do DF, era a maior autoridade em segurança da capital depois do governador Ibaneis Rocha (MDB), afastado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em despacho que determina a prisão, Moraes aponta que houve “descaso” e “conivência”.