Estados Unidos devem banir cigarros eletrônicos
Marca de cigarro eletrônico é uma das mais populares nos Estados Unidos;
FDA acredita que aparelho seja utilizado especialmente por jovens menores de idade;
Juuls devem ser retirados do mercado até a próxima quarta-feira, diz The Wall Street Times.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos estão planejando aprovar uma medida que proíbe a venda dos cigarros eletrônicos da Juul Labs, conhecidos como Juuls, já na próxima semana, segundo uma reportagem do The Wall Street Times. Nem a empresa nem a agência governamental responderam a comentários da publicação.
Segundo os documentos obtidos pelo jornal americano, a Food and Drug Administration (FDA), espécie de Anvisa estadunidense, planeja pedir a retirada dos Juuls do mercado até a próxima quarta-feira.
A Juul Labs é uma das maiores fabricantes de cigarros eletrônicos do país. Em 2018 ela detinha cerca de 75% do mercado americano de cigarros eletrônicos valorizáveis. O Juul, seu aparelho inalador, ficou bastante popular com os jovens após fortes campanhas publicitárias.
Desde então a empresa vem perdendo espaço, tanto pela chegada de novos competidores, quanto por regulamentações da FDA, que via nos sabores frutados e nas campanhas de marketing da companhia um direcionamento a menores de idade.
Inclusive, um levantamento da Truth Iniciative descobriu que a marca é a mais popular entre fumantes menores de 18 anos, e um estudo do FDA estimou que mais de 2 milhões de alunos do ensino fundamental e médio utilizaram alguma forma de cigarro eletrônico em 2021, sendo Juul ou algum outro competidor.
Ainda não se tem estudos médico que analisem os efeitos a longo prazo da inalação dos cigarros eletrônicos, que podem expor o fumante a doses ainda maiores de nicotina do que cigarros comuns, além de outros produtos danosos à saúde, como metais pesados, microplásticos e outros cancerígenos.
A iniciativa faz parte de um plano maior do governo do presidente americano Joe Biden, que planeja reduzir os níveis de morte por câncer de pulmão por pelo menos 50% nos próximos 25 anos.