"A estrada movia-se como ondas e o edifício estava em movimento"

Um sismo com a magnitude de 6,4 na escala de Richter voltou a provocar o pânico no sul da Turquia numa altura em que o país ainda tenta recuperar do duplo terramoto de 6 de fevereiro.

O novo tremor de terra provocou pelo menos seis mortos e perto de 300 feridos, números que se juntam às mais de 40 mil mortes confirmadas desde o terramoto e que prometem subir à medida que se limparem os escombros.

Os testemunhos recolhidos no local mostram a violência do abalo.

A estrada movia-se como ondas. O edifício estava em movimento, indo e vindo. Os carros iam da esquerda para a direita. Sofremos o primeiro terramoto e este foi ainda pior. Podíamos ouvir muitos edifícios a desmoronarem-se.

Vim para Hatay para ajudar as vítimas e esta réplica permitiu-me compreender o seu estado psicológico, porque é realmente um momento assustador.

Foi um terramoto muito forte. Houve um verdadeiro pânico porque as pessoas ainda sofrem psicologicamente os efeitos secundários dos primeiros terramotos.

O sismo desta segunda-feira fez-se sentir também na vizinha Síria, também ela em plena operação de resgate na ressaca do abalo de 6 de fevereiro.

Em Idlib, os capacetes brancos deram conta de vários edifícios destruídos e de mais de uma centena de feridos.

Dada a proximidade da costa mediterrânica, as autoridades lançaram um alerta de tsunami logo após o primeiro abalo mas não se confirmou o pior cenário.