Simone ataca Saúde 'omissa e negacionista' e diz que Brasil 'morre de fome', em lançamento de pré-campanha para 2022
MDB lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República
A cerimônia foi realizada em Brasília e contou com a participação de diversas lideranças
Em seu discurso, Tebet defendeu uma nova "arquitetura política"
O MDB lançou nesta quarta-feira (8) a pré-candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República.
"Eu aprendi com o MDB que missão não se escolhe, se cumpre. Política é arte de construção, de construção no coletivo. Ninguém faz nada sozinho", discursou a parlamentar. "Eu acredito no Brasil", completou Tebet.
A senadora também criticou a realidade atual do país. "Essa missão tem clamor da urgência. A urgência porque o nosso povo, o povo brasileiro, está morrendo de fome depois de centenas de milhares brasileiros terem morrido por uma saúde omissa, insensível e negacionista", ressaltou.
A cerimônia foi realizada em Brasília e contou com a participação de diversas lideranças da legenda.
O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, discursou e outros filiados como o ex-presidente da República Michel Temer, que não puderam comparecer no evento, enviaram vídeos com suas manifestações.
Ainda em seu discurso, Tebet falou sobre a realidade atual do Brasil e defendeu uma "nova estrutura" e uma nova "arquitetura política".
A atuação de Simone Tebet na CPI da Pandemia
A atuação da senadora na CPI da Pandemia recebeu destaque neste ano. Em uma das reuniões, por exemplo, ela foi interrompida pelo senador Flávio Bolsonaro enquanto fazia seus questionamentos à depoente. Ela pediu que o parlamentar a deixasse terminar de falar.
A discussão continuou e, quando todos os microfones dos senadores estavam fechados, a senadora disse que o filho do presidente Jair Bolsonaro a havia ofendido. "No microfone ele não tem coragem de dizer o que ele disse pra mim agora", ressaltou.
Em entrevista ao Yahoo! Notícias em julho, Simone Tebet não revelou o que foi dito por Flávio Bolsonaro, mas fez cobranças sobre as atitudes de parlamentares que tentam calar e atrapalhar o trabalho das senadoras que faziam parte da CPI.
"Esse é o tipo de conduta que não poder relativizada, não pode ser tida como algo normal. A urbanidade e o bom trato têm que fazer parte da sociedade brasileira", completou.
Foi após a intervenção de Tebet também que o deputado federal Luis Miranda revelou em seu depoimento o nome do líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros.
O deputado disse que quando contou ao presidente Jair Bolsonaro sobre a suspeita de superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin, ele teria dito que "isso é coisa de fulano". O nome de Barros só foi dito depois de cerca de seis horas de depoimento.