Europa e NATO bastante céticos com "plano de paz" da China
Ursula von der Leyen e Jens Stoltenberg mostram grande ceticismo face ao "plano de paz" para a Ucrânia apresentado pela China.
A presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da NATO estiveram juntos em Tallinn para assinalar o aniversário da independência da Estónia, que coincide com o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
A chefe do executivo europeu frisou que o projeto apresentado por Pequim "não é propriamente um plano de paz" e que é preciso "ter em conta, como pano de fundo, que a China tomou partido" desde o início a favor da Rússia.
Bruxelas destaca, nomeadamente, que não há qualquer menção no texto a um "agressor".
NATO destaca "falta de credibilidade" da China
Já Stoltenberg afirma que Pequim "não tem muita credibilidade", lembrando que as autoridades chinesas "não foram capazes de condenar a invasão ilegal" e, dois dias antes da mesma, assinaram um acordo de "parceria ilimitada" com a Rússia.
A Alemanha foi um dos países a reagir rapidamente com críticas ao plano da China.
O presidente alemão Frank-Walter Steinmeier exprimiu "dúvidas" quando ao "papel construtivo" que Pequim poderá desempenhar no caminho para a paz na Ucrânia e o governo germânico frisou que a proposta chinesa contêm vários pontos importantes, mas omite um crucial: em primeiro lugar, a retirada das tropas russas da Ucrânia.