Ex-empresário revela interesse de clube brasileiro em Robinho, condenado por estupro na Itália

Wagner Ribeiro, empresário responsável por levar Robinho ao futebol europeu em 2005, revelou que três clubes da Série B fizeram proposta pelo atacante. Em entrevista ao apresentador Benjamin Back no podcast "Benja Me Mucho", o agente revelou que uma das ofertas veio do Londrina, mas colocou como empecilho o receio do jogador, condenado por estupro na Itália, em voltar a atuar no Brasil.

- Três clubes aqui do Brasil querem o Robinho para jogar futebol. Da Série B. Um deles é o Londrina. O Sérgio Malucelli (presidente do Londrina), meu amigo, perguntou se haveria possibilidade. Ele falou: "Nós vamos fazer o melhor com o Robinho, nós precisamos subir, o Robinho joga futebol ainda" - revelou.

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- Mas o Robinho está com medo de chegar lá e ter empecilhos com grupos feministas. No Atlético-MG, a torcida não deixou. No Santos, os patrocinadores. Eu não vejo possibilidade dele voltar a jogar tão cedo no Brasil. A carreira dele está encerrada pelos problemas na Itália - finalizou Ribeiro.

Robinho está afastado do futebol desde 2020. O atacante chegou a acertar o retorno ao Santos, mas a repercussão negativa fez com que a diretoria desistisse da contratação. Quando jogava no Milan, em 2013, o atleta estuprou uma jovem albanesa junto do amigo Ricardo Falco e mais quatro pessoas que não foram encontradas pela justiça italiana. No ano passado, o caso foi julgado na última instância na Itália e o jogador foi condenado a nove anos de prisão.

Em novembro do ano passado, a Justiça italiana chegou a pedir a extradição de Robinho, mas a demanda foi negada pelo Ministério da Justiça do Brasil. A negativa foi baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Com isso, a alternativa para o judiciário italiano foi solicitar o cumprimento da pena no país, possibilidade que pode acontecer segundo Flávio Dino, novo ministro da Justiça.