Ex-governador de Goiás Helenês Cândido morre de covid-19 após 3 dias esperando leito de UTI
Helenês Cândido, ex-governador de Goiás, morreu aos 86 anos em decorrência da covid-19. Na última quarta-feira (17), ele estava sendo transferido de ambulância do hospital em que estava para um leito de UTI, e não resistiu.
Cândido esperava por um leito de UTI há três dias, segundo relatou a família ao portal G1. Ele estava a caminho de Caldas Novas, no sul do estado de Goiás.
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O advogado e amigo de Helenês, Murilo Falone, relatou que o político foi diagnosticado com covid-19 no início do mês, assim como a esposa dele, Lila Morais. Os dois foram internados em um hospital particular de Goiânia. Os dois receberam alta após uma semana e voltaram para Morrinhos, onde viviam.
No entanto, na última sexta-feira (12), Helenês Cândido apresentou sintomas da covid-19 novamente e foi internado. No dia seguinte, ele teve de ser entubado e transferido para uma semi-UTI no Hospital de Campanha em Santa Helena de Goiás.
De acordo com informações do G1, o quadro do ex-governador se agravou no último domingo (14). Ele precisava de um leito de UTI para fazer hemodiálise. A vaga, só apareceu na tarde de quarta-feira (17), em Caldas Novas. Durante a transferência, Helenês Cândido morreu.
O político deixa a esposa e dois filhos. O enterro aconteceu na manhã desta quinta-feira, no Cemitério São Miguel, em Morrinhos, cidade natal de Helenês Cândido.
Filiado ao MDB durante toda a vida, Cândido foi prefeito de Morrinhos entre 1973 e 1997, deputado estadual em três mandatos e governador de Goiás de 1998 e 1999.
O G1 questionou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a demora na transferência de Helenês Cândido, mas não obteve resposta.
Dia com maior número de casos
O Brasil registrou 2.648 novas mortes pelo novo coronavírus e 90.303 casos da doença nesta quarta (17). Com isso, o total de mortos chegou a 284.775 e o de casos a 11.693.838, de acordo com o painel atualizado pelo Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), um sistema próprio de informações que reúne dados de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo.
O Conass divulgou os números como 3.149 óbitos e 99.634 casos confirmados, mas fez a ressalva de que haviam dados represados, já que o governo do Rio Grande do Sul não enviou seus dados a tempo na última terça (16). Após a divulgação do Conass, o RS registrou que tinha 501 óbitos e 9.331 casos não informados ao conselho.
Somados os dados do RS com os divulgados pelo Conass, o dia 16 de março de 2021 agora é o dia com mais mortes no Brasil, com 2.841.