Exército vai comprar máscaras de pano, as menos indicadas para proteção contra a covid
Exército vai comprar 3 mil máscaras de pano
Máscaras serão usadas na Filial Fábrica da Estrela da Indústria de Material Bélico
Máscaras de pano são as menos seguras para impedir o espalhamento do coronavírus
O Exército brasileiro abriu uma licitação para comprar 3 mil máscaras de pano reutilizáveis como medida para proteção contra a covid-19. Segundo informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o custo estimado da aquisição é de R$ 17.850.
As máscaras serão destinadas para a Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBE), estatal ligada ao exército. A licitação prevê que as máscaras terão uma “camada dupla de tecido” e serão feitas de algodão e tricoline.
Segundo especialistas, as máscaras de pano não são as mais seguras para evitar o contágio. As melhores para prevenir o vírus são as máscaras PFF2 e N95, seguidas pelas KN95, depois estão as cirúrgicas e, por último, as de pano.
De acordo com a licitação, divulgada pelo Diário Oficial da União, cada uma das máscaras deve ter curso de R$ 5,95. Elas serão azuis e terão o logo da IMBA. Os equipamentos de proteção individual deverão ser usados na Filial Fábrica da Estrela da Indústria de Material Bélico.
Segurança das máscaras
Em entrevista ao jornal O Globo, o pesquisador Vitor Mori afirma que, com a ômicron, altamente contagiosa, as medidas acompanhar o risco, por isso, faz sentido usar uma máscara melhor.
O melhor é usar uma máscara PFF2, que prende na cabeça. Depois, pode ser usada uma KN95. Se nenhuma das duas for acessível, ele recomenda optar usar uma máscara cirúrgica com uma de mano por cima – sem bem ajustada.
“Mas essas duas opções representam risco grande em espaços fechados com muita gente”, disse Mori, que é pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório COVID-19BR. “É preciso desmistificar a PFF2. Ela não é mais difícil de achar, basta procurar além da farmácia, como lojas de material de construção ou EPI. E como pode ser reutilizada várias vezes, não é tão cara.”