Exposições no Rio: mostra de Clara Nunes, no MAR, encerra no domingo

Quem ainda não visitou a exposição "Clara Nunes", no Museu de Arte do Rio, tem até o próximo domingo para ver as fotografias de Wilton Montenegro sobre a cantora. São pelo menos 50 imagens voltadas para a relação da artista com o Rio de Janeiro, cidade onde sua carreira musical deslanchou. Além disso, no mesmo museu, as mostras "Agnaldo Manuel dos Santos - A conquista da modernidade" e "Lataria espacial" também se encerram no dia 26. Confira outras exposições.

Museus, casas e centros culturais

Casa Laura Alvim

'35 anos de Laura'. A exposição sobre a vida de Laura Alvim conta com a performance teatral “Fragmentos de Laura”, na qual cinco atrizes interpretam momentos importantes da vida dela, em encenações de 30 minutos. A mostra imersiva e inédita reúne obras de arte, mobiliários, louças, fotografias e outros objetos históricos do acervo pessoal dos tempos em que ela viveu no casarão em Ipanema. Até 26 de março.

Av. Vieira Souto 176, Ipanema. Qua a dom, das 13h às 20h. Performance: sex a dom, das 18h às 20h. Grátis.

Casa Roberto Marinho

'Alegria aqui é mato —10 olhares sobre a Coleção Roberto Marinho'. A atriz Fernanda Montenegro, os músicos Paulinho da Viola e Adriana Calcanhotto, o fotógrafo Walter Carvalho e os artistas plásticos Gabriela Machado, José Damasceno e Marcos Chaves estão entre os nomes que assinam a curadoria da mostra, com cerca de 200 obras, a maioria delas pinturas, fotografias e esculturas do acervo. Até 19 de março.

Rua Cosme Velho 1.105, Cosme Velho. Ter a dom, das 12h às 18h. Grátis (qua) e R$ 10.

Centro Cultural do Banco do Brasil

'Do sal ao digital: o dinheiro na coleção Banco do Brasil '. Com itens históricos como a cédula de 500 cruzeiros, que comemorou os 150 anos da Independência do Brasil, e a peça da Coroação de D. Pedro I, que nunca foi posta em circulação, a nova mostra permanente do Centro Cultural Banco do Brasil conta a origem do dinheiro no país e no mundo. Mapas, atividades interativas, iconografia histórica, obras de arte e mais de 800 moedas e cédulas estão em exibição.

'Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito'. Sete décadas de estrada do consagrado fotógrafo carioca Walter Firmo são repassadas na mostra do CCBB Rio, que reúne 266 fotografias, desde 1950 até 2021. As imagens que compõem a exposição em parceria com o Instituto Moreira Salles trazem registros de ritos, festas populares e cenas cotidianas que exaltam a população e a cultura negra de diferentes regiões do país. Até 27 de março.

Rua Primeiro de Março 66, Centro. Seg à sáb, de 9h às 21h (terça não abre). Dom, 9h às 20h. Grátis.

Centro Cultural do Correios

'Clarices'. Mostra reúne 33 retratos expressionistas da escritora Clarice Lispector, pintados pela artista Graça Craidy. As obras retratam as várias facetas da autora literária, como a jornalista, a escritora, a mulher de diplomata, mãe, irmã e tutora do cão Ulisses. Até 4 de março.

Rua Visconde de Itaboraí 20, Centro. Ter a sáb, das 12h às 19h. Grátis.

Centro Cultural Inclusartiz

‘Da Avenida à Harmonia: mais de um século de carnaval no Centro do Rio de Janeiro’. A mostra compartilha um século do carnaval carioca, reunindo fotografias, pinturas, esculturas e vídeos datados desde a Belle Époque. Um conjunto fotográfico de Carlos Vergara, dos anos 1967 a 1972), sobre o bloco carnavalesco Cacique de Ramos também faz parte da exposição. Até 10 de março.

Rua Sacadura Cabral 333, Gamboa. Ter a dom, às 16h. Grátis.

Centro Cultural Inclusartiz

‘Simbiose – A conexão pelos fungos’. A mostra traz uma projeção de 8 metros de extensão e informações sobre a imensidão do universo dos fungos. O diferencial é a imersão tecnológica proposta pelo Deeplab Project.

Centro Cultural Oi Futuro. Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo. Qua a dom, de 11h às 20h. Grátis. Até 26 de março.

Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB)

'Paraíba, um Estado de Artesanato'. Centenas de peças de artesanato da Paraíba e produtos de artesãos paraibanos, contando ainda com apresentações culturais e uma loja para a venda dos artigos manuais. Até 15 de março.

'Sente-se: a coleção BEĨ em diálogo'. Na exposição, 63 bancos feitos artesanalmente por indígenas de 38 etnias do Xingu, Sul da Amazônia, Amazônia Oriental, Calha Norte e Noroeste Amazônico dividem espaço com obras de 14 renomados designers brasileiros. A curadoria é do indígena Mayawari Mehinaku e dos designers Claudia Moreira Salles e Gabriel Bueno. Até 4 de março.

Praça Tiradentes 69/71, Centro. Ter a sáb, das 10h às 17h . Grátis.

Biblioteca Parque Estadual

'100 anos Darcy Ribeiro’. Com 24 imagens, uma estrutura de ferro traça uma linha do tempo com momentos da trajetória do homenageado.

Biblioteca Parque Estadual, Centro. Seg a sex, às 11h, às 14h e às 16h. Grátis. Até 3 de março. (Somente visitação guiada).

Instituto Moreira Salles

'Palavras cruzadas, sonhadas, rasgadas, roubadas, usadas, sangradas'. Um acervo de cerca de 200 trabalhos (incluindo obras feitas especialmente para a exposição) traça um panorama da trajetória de Miguel Rio Branco, um dos principais fotógrafos brasileiros, desde os anos 1970. Sua produção, marcada pela fotografia, pelo cinema e as artes plásticas, mergulha em temas como a sexualidade, a violência, a dor e a solidão. Entre os itens da curadoria de Thyago Nogueira e do próprio artista, está uma série rara em preto e branco produzida em Nova York, entre 1970 e 1972, além da sequência Mona Lisa (1973), fotografada em um bordel no município de Luziânia (GO), no entorno do Distrito Federal. Até 26 de março.

Rua Marquês de São Vicente 476, Gávea. Ter a sex, das 12h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 10h às 18h. Grátis.

Instituto Pretos Novos

M'Kumba’: Fotógrafo, iniciado no Candomblé e na Umbanda, Gui Christ uniu suas experiências para entender como afro-religiosos exercem sua fé. Kumba significa curandeiro, homem sábio, senhor da palavra e o M' indica o coletivo nesse idioma. A mostra já rodou o mundo, passando pela Alemanha, Suíça, Argentina, Inglaterra e Índia, onde ganhou o Indian Photo Fest, foi finalista do Lensculture Portrait Awards 2022 e selecionado para a edição com as melhores imagens do fotojornalismo mundial segundo o Pulitzer Center. Até 25 de março.

Rua Pedro Ernesto 32, Gamboa. Ter a sext, das 10h às 16h. Sáb, das 10h às 12h. Grátis.

Mirante do Pasmado

O “Memorial às Vítimas do Holocausto”, no Mirante do Pasmado, em Botafogo, convida os visitantes a conhecerem vítimas e sobreviventes do genocídio que matou, pelo menos, 11 milhões de pessoas no século XX. Por meio de recursos interativos de imagem e som, histórias serão narradas, como a da princesa Maria Karoline, bisneta de D. Pedro II, morta na câmara de gás por ter deficiência, e de Mordechai Anielewicz que, com 24 anos, liderou a resistência no gueto de Varsóvia. Permanente.

Alameda Embaixador Sanchez Gavito, Botafogo. Qui a dom, das 10h às 18h. Grátis (Sympla).

Museu de Arte Moderna (MAM) - Fechado até 26 de fevereiro

'Aqui estamos'. Por meio de áudios e imagens, a individual da artista visual, pesquisadora e educadora Uýra reúne histórias de indígenas em diáspora pelo território nacional. São oito obras que fazem um mapeamento e uma interconexão entre eles em contextos urbanos. Entre os trabalhos está a instalação "Nossas caras", com 44 rostos registrados pelo olhar da artista, com gestos, expressões e semblantes que apresentam subjetividades. Até 2 de abril.

'Atos de revolta: outros imaginários sobre independência'. Desenvolvida em colaboração com o Museu da Inconfidência, a coletiva revê o processo de independência do Brasil a partir da arte, reunindo obras e objetos do período colonial, e produções de artistas contemporâneos. Até 26 de fevereiro.

Av. Infante Dom Henrique 85, Aterro do Flamengo. Qui e sex, das 13h às 18h. Sáb e dom, das 10h às 18h. Contribuição voluntária.

Museu de Arte do Rio (MAR)

'Agnaldo Manuel dos Santos - A conquista da modernidade'. Com curadoria de Juliana Bevilacqua, a individual conta com mais de 70 esculturas em madeira do artista negro baiano discípulo de Mário Cravo Júnior, nascido na Ilha de Itaparica, em 1926. Até 26 de fevereiro.

'Clara Nunes' . A mostra narra em cerca de 50 fotografias inéditas de Wilton Montenegro a trajetória da cantora Clara Nunes e explora a relação dela com o Rio de Janeiro e a religiosidade afro-brasileira. A exposição também aborda a sua conexão com o Jongo da Serrinha, a Escola de Samba Portela e a viagem à Angola. Até 26 de fevereiro.

'Lataria espacial'. A mostra composta de cerca de 40 obras do artista paraense Emmanuel Nassar traça uma ponte entre a pop art, movimento artístico dos anos 1960 que trabalha com o imaginário da publicidade, e elementos das ruas e feiras livres para causar um choque entre erudito e popular. Uma das principais peças, um avião executivo em tamanho original feito de aço galvanizado, com 8 metros, permite que os visitantes interajam e subam na escada da aeronave para tirar fotos. Até 26 de fevereiro.

'Margens'. A individual do fotógrafo francês Ludovic Carème traz registros em preto e branco do duro cotidiano de comunidades brasileiras, de São Paulo ao Acre, sob o olhar do artista, que viveu no país por mais de dez anos. Abertura em 3 de dezembro. Até 26 de março.

'Todos iguais, todos diferentes?'. A exposição compartilha 200 imagens de Pierre Verger, fotógrafo que dedicou a carreira aos registros sobre diversidade cultural, principalmente no Brasil. A ideia é investigar os conceitos de igualdade e humanidade presentes nas obras do artista. Até 25 de maio.

'Um defeito de cor'. Baseada no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves (que também assina a curadoria), a coletiva faz uma releitura da história da escravidão destacando lutas e contextos sociais, culturais e econômicos do século XIX. Ao todo, são 400 obras de artes de mais de 100 artistas brasileiros e africanos, principalmente mulheres negras. Até 14 de maio.

Praça Mauá 5, Centro. Qui a dom, das 11h às 17h. R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).

Museu do Amanhã

Exposição principal: Para abordar o impacto do homem no planeta, a mostra permanente se divide em cinco partes — Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós.

'Nhande Marandu - Uma história de etnomídia indígena'. Através de fotos, programas de TV, filmes, artes visuais, acervos de rádios e livros, a exposição traça um panorama da comunicação e identidade dos povos indígenas até os dias atuais, com o uso de tecnologias digitais. A curadoria é de Anápuáka Tupinambá, Takumã Kuikuro, Trudruá Dorrico e Sandra Benites. Até 26 de fevereiro.

Praça Mauá 1, Centro — 3812-1800. Ter a dom e feriados, 10h às 18h. R$ 30 (de graça às terças).

Museu do Ingá

'Arte do retrato – variações de olhar'. A mostra reúne pinturas, gravuras e fotografias do século XIX e XX que são das coleções dos museus e espaços culturais vinculados à FUNARJ. Os destaques são fotos de Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gi e Alcione.

Rua Presidente Pedreira 78, Ingá, Niterói. Qua a dom, de 12h às 17h. Grátis. Até 30 de julho.

Museu do Pontal

'Djalma Corrêa – 80 anos de música e pesquisa'. A exposição reúne fotografias e gravações do acervo do percussionista mineiro que marcou a música popular brasileira, destacando seu trabalho de pesquisa de sonoridades africanas. Até março.

'O circo chegou!'. A coletiva comemora um ano da nova sede do museu com uma exposição dedicada ao circo. Trabalhos de artistas de diversas partes do país e da França compõem a mostra que tem como centro a obra cinética "O circo", de Adalton Fernandes Lopes. A curadoria é de Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do museu. Até março.

Av. Celia Ribeiro da Silva Mendes 3.300, Barra da Tijuca. Qui a dom, das 10h às 18h. Contribuição voluntária.

Museu Histórico Nacional

“10 objetos: outras histórias”. A mostra integra as comemorações do centenário do museu, com a proposta de contar 100 anos de histórias por meio de 10 objetos do acervo, entre eles uma camisa de futebol, a capa de uma revista, uma placa de rua, uma boneca e um traje religioso. Até 30 de abril.

‘Îandé – aqui estávamos, aqui estamos’. A exibição de longa duração aborda a trajetória dos povos originários brasileiros desde antes da chegada dos portugueses até os dias atuais. São diversos objetos etnográficos e obras de artistas indígenas, como Denilson Baniwa, Diakara Desana, Mayra Karvalho e Tapixi Guajajara.

'Rio 1922'. A exposição em comemoração ao centenário do MHN e ao bicentenário da Independência do Brasil faz viagem pelo Rio de Janeiro de 1922, com cerca de 100 itens de época, entre fotografias, pinturas, vestuário, objetos, cédulas e mobiliário. Até 30 de abril.

Praça Marechal Âncora, Centro. Qua a sex, 10h às 17h. Sáb e dom, 13h às 17h. Grátis.

Parque Lage

‘Abre Gira’. As obras de Bruno Miguel, pintadas em tinta acrílica, a óleo e spray sob tapeçarias antigas, representam entidades e orixás, além de samba, capoeira e festas populares.

Escola de Arte Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico. Qui a ter, de 10h às 17h. Até 2 de abril.

Galerias

Anita Schwartz Galeria de Arte

'Outro Lugar'. O jornalista e apresentador Pedro Andrade mostra pela primeira vez seu trabalho em fotografia, a que se dedica há 20 anos, em vários locais do planeta. Na exposição, estão 21 registros de culturas e comunidades que ainda mantêm suas tradições. Entre elas, o povo Waorani, na Amazônia equatoriana, cristãos fieis em Lalibela, em Amhara, no norte da Etiópia, as Escaramuzas, guerreiras amazonas na costa ocidental do México, e tradicionais mezcaleros na cidade mexicana de Oaxaca. Até 4 de março.

Rua José Roberto Macedo Soares 30, Gávea. Seg a sex, das 10h às 19h, e sáb, das 12h às 18h. Grátis.

Mul.ti.plo Espaço Arte

"Rotação e Translação". Depois de uma década sem apresentar suas criações no Rio, o escultor José Resende expõe 14 obras inéditas, divididas em duas seções. Na primeira, estão as maiores. São cinco esculturas de parede (de cerca de 260 x 80 x 40 cm) e duas de chão (de aproximadamente 45 x 42 x 115 cm), elaboradas em tubos de latão e cabo de aço. Em contraponto, estão seis esculturas menores, de cerca de 45 x 42 x 115 cm, que tratam de tensão e movimento a partir de hastes e molas. Até 24 de fevereiro.

Rua Dias Ferreira 417/206, Leblon. Seg a sex, das 10h às 18h30 (sáb, sob agendamento) . Grátis.

Nonada

'A palavra: prosa'/'A palavra: verso'. A recém-aberta galeria ocupa dois espaços no Rio: em Copacabana e na Penha. A mostra inaugural se divide entre os dois endereços ("A palavra: prosa", em Copacabana, e "A palavra: verso" na Penha) e reúne obras de 32 artistas de diferentes cidades brasileiras, cujos trabalhos abrangem temas como racismo, política, sociedade e gênero. Até 4 de março.

Rua Aires Saldanha 24, Copacabana. Ter a sex, das 11h às 19h. Sáb, das 11h às 15h.