Familiares de detidos por envolvimento com gangues em El Salvador pedem liberdade
Dezenas de familiares de pessoas detidas sob o regime de exceção instituĂdo em El Salvador foram Ă s ruas exigir sua liberdade e defender sua inocĂȘncia.
O regime foi prorrogado por um mĂȘs, na terça-feira (19), para combater as gangues que atuam no paĂs.
Na marcha em San Salvador, a capital, as pessoas carregavam pequenos cartazes com a foto de seu parente detido. Representantes de organizaçÔes de defesa dos direitos humanos também participaram do ato.
Os manifestantes, a maioria vestindo de branco, foram até as proximidades da Casa Presidencial, cujo acesso foi bloqueado.
MarĂa Gloria SĂĄnchez, de 60 anos, pediu a libertação de sua filha Laura Maribel Pacheco, de 22. A jovem foi presa pela PolĂcia em 17 de abril, em sua casa, em uma populosa colĂŽnia na cidade de San MartĂn, na periferia leste da capital.
"DĂłi, porque ela nĂŁo fez nada de errado, Ă© inocente", afirmou MarĂa, acrescentando que sua filha permanece em uma prisĂŁo feminina no setor leste de San Salvador.
Ontem, a Assembleia Legislativa, controlada pelos aliados do presidente Nayib Bukele, decidiu prolongar pelo menos até o fim de agosto um regime de exceção que autoriza detençÔes sem mandado judicial.
Em sua "guerra" contra as gangues, Bukele pediu ao Congresso, no fim de março, que aprovasse esse regime, após uma onda de assassinatos cometidos por esses grupos.
VĂĄlida por 30 dias, a medida vem sendo prorrogada mĂȘs a mĂȘs pelo Legislativo. O regime de exceção suspende a liberdade de associação, o direito do acusado Ă defesa, estende o prazo da prisĂŁo preventiva de 3 para 15 dias e habilita a intervenção das comunicaçÔes.
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