Ferida aberta em Beirute

Em vez de uma cicatriz ou sinais de reconstrução, as marcas da explosão de hå dois anos no Porto de Beirute estão como feridas abertas no coração do Líbano.

A estrutura que restou do rebentamento estĂĄ longe de estabilizada. Ainda no passado domingo, um dos silos de cereais, com 48 metros de altura, ruiu devido a um incĂȘndio que se arrastava hĂĄ um mĂȘs. O resto dos grandes cilindros que ainda marcam a linha do horizonte pode desabar a qualquer momento.

A capital libanesa prepara-se para assinalar, esta quinta-feira, o segundo aniversĂĄrio deste episĂłdio sangrento. HĂĄ dois anos, cerca de 200 pessoas perderam a vida, mais de 6 mil ficaram feridas e 300 mil residentes em Beirute foram desalojados.

Mais de uma dezena de organizaçÔes, incluindo a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, apelaram à ONU para investigar "sem demora" o incidente e clarificar a "responsabilidade do Estado" pelo que aconteceu.

"Apelamos aos membros do Conselho dos Direitos Humanos da ONU para que submetam à próxima sessão do órgão em Setembro de 2022 uma resolução que envie sem demora uma missão de inquérito independente e imparcial para a explosão de 4 de Agosto de 2020 em Beirute", disseram as ONG numa declaração conjunta.

As toneladas de nitrato de amónio que explodiram em Beirute foram armazenadas no porto da cidade durante anos sem medidas de segurança. A explosão de 2020 é vista pelos libaneses como um símbolo de corrupção e da må governação que conduziu o país a uma crise financeira devastadora.

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