Fisiculturista baleada: vídeos de vítima ameaçando agressor não foram no dia do crime, diz polícia

A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou nesta quinta-feira, por meio de nota, que os vídeos que circulam nas redes sociais com ameaças da fisiculturista Elen Cristina Otoni, de 37 anos, contra o namorado Weldrin Alcântara, de 44 anos, suspeito de atirar contra ela por quatro vezes na Pampulha, em Belo Horizonte, não foram gravados no dia do crime. Segundo a polícia, assim que os vídeos forem entregues ao órgão serão anexados ao processo.

Depois da vítima ser baleada, na última quinta-feira, surgiram alguns vídeos nas redes sociais mostrando a mulher ameaçando o companheiro, também fisiculturista. Nas imagens é possível ver que ela diz que vai matar o suspeito e queimá-lo vivo.

No entanto, de acordo com as autoridades, as imagens são de datas anteriores à tentativa de feminicídio. “Conforme apurado pela Polícia Civil, até o momento, houve uma prévia discussão entre o casal antes dos disparos da arma de fogo, cuja documentação está irregular/vencida. Tão logo as imagens em posse da defesa do investigado sejam entregues na unidade policial, elas serão acostadas aos autos e, em seguida, submetidas aos exames periciais cabíveis”, informou o órgão.

Os disparos contra a mulher ocorreram no bairro Liberdade após uma discussão do casal em casa. Vizinhos que ouviram a briga e depois os tiros acionaram a Polícia Militar. A vítima baleada foi encaminhada para o Hospital João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde a equipe médica constatou as perfurações na nuca, na coxa, no ombro e também na mandíbula, todas as partes no lado esquerdo do corpo.

No momento do crime, o suspeito fugiu, mas ele se entregou à Polícia Civil nessa segunda-feira. O homem entrou em contato com a instituição e os agentes foram até ele para cumprimento do mandado de prisão.

“As investigações estão em andamento com a identificação de testemunhas, análise das imagens das câmeras de segurança e laudos periciais do local do crime. A vítima segue hospitalizada e sem condições de ser ouvida”, concluiu a Polícia Civil.