Flávio Dino celebra ação da PF contra terroristas: "Democracia venceu"
Polícia Federal deflagrou operação em diversos estados do Brasil
Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino se manifestou sobre a operação da Polícia Federal que mira novos financiadores e participantes dos atos terroristas do último dia 8, em Brasília.
Para o líder da pasta, a ação realizada nesta sexta-feira (20) é uma prova de que "a democracia venceu".
"A Polícia Federal segue investigando os crimes contra a nossa Pátria perpetrados por golpistas e seus aliados. O trabalho técnico é contínuo e de acordo com a lei. Medidas cautelares e coercitivas obedecem às ordens do Poder Judiciário. A democracia venceu e vencerá", escreveu no Twitter.
Entenda a operação
A primeira fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF, expediu oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão nas seguintes localidades:
Distrito Federal (cinco mandados de busca e dois de prisão)
Goiás (um de busca)
São Paulo (sete de busca e três de prisão)
Rio de Janeiro (um de busca e um de prisão)
Minas Gerais (um de busca e um de prisão)
Mato Grosso do Sul (um de busca e um de prisão)
A operação mira em investigados pelos crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição;
deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações, segundo a corporação, continuam. A Polícia Federal pede para que, caso alguém tenha informações sobre pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques do último dia 8, encaminhe a identificação para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.
Manutenção das prisões preventivas
Nesta quinta-feira (18) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de 386 acusados de participarem dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em que bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília.
O ministro também decidiu colocar 115 investigados em liberdade, mediante a adoção de medidas cautelares como:
Proibição de ausentar-se da comarca;
Recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana;
Obrigação de se apresentar à Justiça quando forem convocados e todas as segundas-feiras;
Proibição de sair do país
Cancelamento de todos passaportes emitidos no Brasil;
Suspensão de qualquer documento de porte de arma de fogo e de certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas;
Proibição do uso de redes sociais;
Proibição de se comunicar com outros investigados por qualquer meio.