FPF reforça protocolo para tentar retomar Paulistão
Para tentar retomar o Campeonato Paulista enquanto o estado está na fase emergencial do plano de combate ao coronavírus, a Federação Paulista de Futebol (FPF) elaborou um protocolo ainda mais rígido do que o adotado anteriormente, tentando criar uma espécie de bolha em volta dos clubes.
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Na reunião entre o Comitê Médico da FPF e médicos dos 16 times que disputam a primeira divisão do Paulistão ficou acertado que atletas e membros de comissão técnica que participarem de partidas deverão ficar "em ambiente controlado", deixando o local apenas para os jogos.
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De acordo com o novo protocolo, todas as pessoas que tiverem que entrada no ambiente controlado terão que ser testadas nas 24 horas que antecedem a entrada. Quem já estiver na concentração terá que ser testado antes e depois de jogos, com um espaço máximo de três dias a cada exame RT-PCR.
Em caso de teste positivo, o integrante da delegação será afastado imediamente e o clube deverá fazer o rastreamento de contato a partir do relato do infectado para poder minimizar a possibilidade de novas contaminações.
Colaboradores dos clubes que eventualmente não puderem ser confinados terão que passar por teste RT-PCR diariamente, além de responderem a um questionário epidemiológico e terão a temperatura aferida.
O Paulistão está parado em São Paulo desde o dia 15 de março, quando o estado entrou na fase emergencial. Dois jogos foram realizados no estado do Rio de Janeiro, mas decisões de governos municipais e estaduais proibiram que a federação continuasse com a ideia de fazer partidas fora de São Paulo.
Na última semana, a probição de eventos esportivos em São Paulo foi ampliada até o dia 11 de abril, fazendo com que a FPF e os clubes buscassem novas soluções, como o protocolo feito hoje que será apresentado ao governo estadual e ao Ministério Público.
Confira todas as orientações do novo protocolo:
Para se manter o conceito de segurança no futebol, no atual momento, deverá haver um “endurecimento” do protocolo anterior, com as seguintes providências de conduta que, sob o ponto de vista médico, devem ser tomadas como necessidades mínimas para continuidade do Campeonato Paulista durante a Fase Emergencial
Manter os atletas em “Ambiente Controlado” (“Bolha like”), entendido como local onde os riscos são monitorados e minimizados;
Reforçar e seguir rigorosamente todos os itens do protocolo já definidos na edição anterior;
Todos que tiverem que entrar na concentração deverão ser testados nas 24 horas antecedentes;
Os atletas, comissão técnica, assim como todos os que estiverem na concentração, devem ser submetidos regularmente aos testes de RT-PCR antes e depois de cada partida, com intervalo máximo de 3 dias entre os testes;
Na eventualidade de se ter um teste RT-PCR positivo, além do atleta ser imediatamente afastado; deverá ser orientado o rastreamento de contato, conforme o relato do atleta, para identificar outras possíveis contaminações;
Os colaboradores que se deslocarem para suas casas (estafe dos clubes) deverão ser testados diariamente com RT-PCR;
Diariamente, todos os colaboradores deverão ter a aferição da temperatura e serem submetidos ao questionário epidemiológico, que será controlado pelo Departamento Médico do clube;
Reforçar as orientações do protocolo anterior, para evitar acúmulo de pessoas em determinados ambientes fechados como, Fisioterapia, Academia, Restaurante, Laboratório, vestiários...
Reduzir o número de colaboradores e concentrar os que puderem permanecer;
Na cozinha, deverá haver fiscalização rigorosa com monitoramento e reforço constante do treinamento dos colaboradores, de acordo com as normas da Associação de Bares e Restaurantes;
Em relação à limpeza, a equipe deverá ser treinada e orientada para higienização reforçada, além de manter cheios os reservatórios em locais estratégicos com álcool gel;
Toda e qualquer entrega de embalagem externa deverá ser higienizada com o álcool 70o antes de entrar na concentração;
O médico do clube mandante deverá informar ao Comitê Médico da FPF sobre a existência de vagas hospitalares e disponibilidade de leitos de UTI em hospital da cidade, para eventual caso de emergência médica durante a partida. No caso de jogos em outras cidades, o Departamento de Competições da FPF comunicará o Comitê Médico da FPF.