França enfrenta ‘Dia D’ para aprovação da reforma da Previdência

AFP - EMMANUEL DUNAND

O Parlamento francês decide nesta quinta-feira (16) se aprova a controversa reforma da Previdência apresentada pelo governo de Emmanuel Macron. O texto, que pretende ampliar de 62 para 64 anos a idade mínima de aposentadoria, tem mobilizado grandes manifestações desde janeiro no país. Dois em cada três franceses são contrários à reforma, segundo as pesquisas. O Senado, de maioria conservadora, já aprovou o projeto nesta manhã.

O trabalho começou cedo no Palácio do Eliseu nesse dia decisivo para a reforma da Previdência no país. O presidente Emmanuel Macron se reuniu pela manhã com as lideranças de sua maioria para verificar a temperatura da Assembleia Nacional. Ainda não é certo que o governo tenha os votos necessários dos deputados para aprovar a reforma.

O governo de Macron quer elevar a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030 e antecipar para 2027 a exigência de contribuição por 43 anos para que o trabalhador tenha direito à pensão integral.

A versão final do projeto foi aprovada nesta manhã pelo Senado, que tem maioria de direita, por 193 votos a favor e 114 contra. É um resultado preocupante para o governo, já que 7 senadores centristas da base aliada do presidente Macron votaram contra o projeto, 13 se abstiveram, assim como 19 senadores de direita. Globalmente, o governo recebeu dois votos a menos do que na primeira votação da reforma na câmara alta do Parlamento.

O texto, no entanto, será submetido durante a tarde para apreciação da Assembleia Nacional, onde o resultado da votação é incerto.

"Na minha bancada, como na da maioria (governista), há deputados que não querem aprovar esta reforma", advertiu na quarta-feira (15) Olivier Marleix, líder do partido de direita Republicanos na Assembleia.


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