França: Esquerdas se recuperam e ganham terreno no primeiro turno das eleições legislativas
A grande novidade desta eleição para o Parlamento francês foi a união de praticamente todos os partidos de esquerda na coligação NUPES,ao contrário do que aconteceu na eleição presidencial, quando concorreram separadamente e seu líder, Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, ficou a menos de 2% percentuais de Marine Le Pen, que foi para o segundo turno.
Flávio Aguiar, analista político
No último domingo (12), encerrou-se o primeiro turno das eleições para o Poder Legislativo na França. Os departamentos ultramarinos e os franceses residentes no exterior já haviam começado a votar alguns dias antes.
As pesquisas de intenção davam o maior índice de votos para a coligação de esquerda, NUPES, Nouvelle Union Populaire, Écologique e Social, com 28%, e uma ligeira vantagem de 0,5% sobre a segunda colocada, a coligação que apoia o presidente Emmanuel Macron, chamada Juntos. O partido de extrema-direita, o Reagrupamento ou Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, perdia pontos em relação à eleição presidencial, vindo em terceiro lugar, com 19,5%. A direita tradicional, dos Republicanos, vinha em quarto, com 11%, enquanto o outro partido de extrema-direita, o Reconquista, aparecia com 6%.
Graças a este sistema complexo, as pesquisas de intenção de voto apontavam o favoritismo da coligação de Macron para obter a maioria absoluta no Parlamento: pelo menos 289 deputados.
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