'A gente vive uma guerra muito ruim na internet', diz Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela

Bianca Monteiro, rainha de bateria da Portela, veio caminhando de roupĂŁo pela Avenida Presidente Vargas atĂ© chegar ao camarim destinado Ă s rainhas de bateria. Ritual que ela faz desde 2017 e este ano tem gosto especial — Ă© o centenĂĄrio da escola, a mais velha agremiação do Rio.

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— Levar essa mensagem, no centenĂĄrio, Ă© uma responsabilidade muito grande. Talvez eu vĂĄ ter noção daqui a dez, 20 anos, quando meus filhos estiverem desfilando. Eles vĂŁo falar “nossa, minha mĂŁe foi rainha do centenĂĄrio” e vou ver meu nome eternizado na Portela. NĂŁo existe presente maior nem para mim, nem para o meu pai, que me trouxe — diz Bianca, filha de Paulo Monteiro, um dos diretores de Harmonia da escola.

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Bianca, cria da comunidade no posto desde 2017, que diz fazer questĂŁo de “se vestir na rua”, foi quem teve a ideia de chamar rainhas do passado para desfilar com ela. EdclĂ©a Nunes, Luiza Brunet, Adriane Galisteu e Sheron Menezzes foram as escolhidas.

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— NĂŁo tinha como trazer todo mundo por uma questĂŁo de espaço. Mas eu queria trazer essa questĂŁo de mulheres mais unidas. A gente vive uma guerra muito ruim na internet: uma samba mais, outra samba menos. Elas sĂŁo lindas, Ă­cones, referĂȘncias nossas.

Com tantos baluartes presentes no desfile, Bianca destaca Tia Surica como sua maior inspiração dentro da escola.

— Ela Ă© uma mulher negra, sambista, que teve que esperar muito tempo para ser reconhecida pelo samba e respeitada.