“Golpe do namoro”: homem é indiciado por crime milionário contra mulheres no RS
Homem foi indiciado por aplicar o "golpe do namoro" em Caxias do Sul
Guilherme Selister se aproximava de mulheres e as lesava financeiramente
O suspeito já havia sido indiciado pelo crime no início do ano em Farroupilha
Um homem foi indiciado por estelionato no Rio Grande do Sul por aplicar o “golpe do namoro” em mulheres do estado. O suspeito foi identificado como Guilherme Selister.
O rapaz teria cometido o crime contra diversas mulheres em diferentes cidades gaúchas. O cenário era sempre o mesmo: ele conhecia as vítimas, mantinha uma relação amorosa com elas e se aproveitava do vínculo afetivo para tirar milhares de reais de suas contas.
Segundo informações do G1, Guilherme já havia sido indiciado em Farroupilha. Agora, foi responsabilizado pela Polícia Civil pelos atos cometidos em Caxias do Sul.
Durante seu depoimento aos agentes, o suspeito manteve-se em silêncio. Seus advogados afirmaram que o resultado era “o esperado” e que o cliente vai se manifestar apenas durante o processo.
Com o indiciamento em Caxias do Sul, o inquérito de Guilherme passará a ser analisado pelo Ministério Público, que vai decidir se acusa o rapaz por estelionato ou arquiva o caso.
Entenda o golpe
Em Caxias do Sul, Guilherme teria se aproximado e iniciado relacionamento com uma mulher que conheceu na academia. A vítima disse ter namorado com o suspeito por 60 dias, período no qual foi lesada em R$ 60 mil por ele.
Neste caso, o rapaz dizia ser um profissional da saúde, mas a investigação descobriu que ele nunca foi médico, como alegava.
Em outros casos, em Farroupilha, Guilherme aproximou-se de mulheres que conheceu por aplicativo e apresentou-se como tenente da Marinha e nutricionista de hospitais em Caxias do Sul e Porto Alegre.
Uma das mulheres relatou que o criminoso lhe tirou R$ 80 mil, enquanto uma segunda contou que foi lesada em R$ 30 mil, além de ter bancado Guilherme durante todo o relacionamento de oito meses.
Para convencer as vítimas a repassar o dinheiro, o suspeito alegava que possuía problemas de saúde ou dívidas antigas. Ele também afastava as mulheres das próprias famílias, para que não pudessem ser convencidas do contrário.