Golpista da USP: Polícia pede prisão preventiva de aluna; Justiça de SP analisa
Caso foi encerrado e o inquérito enviado ao Ministério Público (MP).
A delegacia que investiga o caso da golpista da USP, Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, pediu à Justiça a prisão preventiva da aluna de medicina, que desviou R$ 937 mil da formatura da turma.
Na última sexta-feira (27), o 16º Departamento de Polícia de São Paulo concluiu que Alicia Müller é culpada e agiu sozinha no desvio de quase 1 milhão de reais da formatura de sua turma. O caso foi encerrado e o inquérito enviado ao Ministério Público (MP).
A Polícia Civil, ainda indiciou a estudante por ter cometido nove vezes o crime de apropriação indébita e concurso material. O inquérito foi relatado à Justiça, e o Ministério Público irá se manifestar.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP), informou, nesta segunda-feira (30), que o pedido de prisão ainda estava sendo analisado pela Justiça.
"O caso foi investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 16º Distrito Policial (Vila Clementino). O procedimento foi relatado ao Poder Judiciário na última sexta-feira (27) com o indiciamento da autora por nove apropriações em concurso material. A autoridade policial representou pela prisão preventiva da autora, que está sob análise da Justiça", informou o comunicado da pasta.
O MP disse, em nota, que vai analisar as informações colhidas pela polícia para “firmar a sua convicção a respeito dos fatos, o que poderá ensejar o oferecimento de denúncia” ou investigações complementares.
Os investigadores do 16º Distrito Policial apreenderam, na semana passada, aparelhos eletrônicos, um carro alugado pela jovem e um caderno com anotações relativas ao crime que teriam sido feitas por ela.
De acordo com a delegada Zuleika Gonzalez Araújo, uma amiga próxima da suspeita foi ouvida e disse que não sabia sobre os crimes.
A delegada, também ouviu na sexta-feira, a nova presidente da comissão de formatura. A testemunha afirmou que Alicia mudou as senhas de acesso ao e-mail da comissão.
Ainda de acordo com relato da presidente, o grupo não teve mais acesso às informações e aos avisos da empresa organizadora do evento sobre as transações feitas por Alicia.