Governo do AM nega ter recusado ajuda federal, como afirmou Pazuello à CPI da Covid
Governo do AM rebate Eduardo Pazuello e afirma que não recusou ajuda do governo federal
Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde disse que o governo federal descartou intervir no estado, após ouvir governador
Amazonas enfrentou uma crise durante a pandemia com a falta de oxigênio para pacientes com covid-19
O governo do Amazonas rebateu o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello que afirmou ontem à CPI da Covid que o governo federal descartou intervir no estado durante a crise de oxigênio, após ouvir o governador Wilson Lima (PSC).
Em nota enviada na quinta-feira (20) ao jornal Estado de S. Paulo, o governo do Amazonas disse que nunca recusou “qualquer tipo de ajuda relacionada às ações de enfrentamento à covid-19”.
Leia também
Pichonelli: Para livrar Bolsonaro, Pazuello transforma presidente em figura decorativa
Por voto impresso, urna eletrônica vira nova 'inimiga' dos Bolsonaro
"Nunca houve recusa do Estado para qualquer tipo de ajuda relacionada às ações de enfrentamento à covid-19. Além disso, o Governo do Amazonas sempre pediu a colaboração federal para auxiliar no combate à pandemia", diz o texto.
"Esse apoio foi ampliado com a instalação do Comitê de Resposta Rápida, formado por representantes do Governo do Estado, Governo Federal e Prefeitura de Manaus, para enfrentar a crise que se agravou no Amazonas no início de janeiro de 2021”, continua.
No segundo dia de depoimento, Eduardo Pazuello afirmou que o governo federal chegou a discutir uma intervenção no Amazonas durante a crise de saúde do estado devido à pandemia, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Manaus registrou o colapso do sistema de saúde, com falta de oxigênio hospitalar e filas nas UTIs.
Em relação à data que o governo estadual informou Pazuello acerca da crise de oxigênio, a nota também contradiz o depoimento do ex-ministro à CPI da Covid no Senado.
"A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou ao Ministério da Saúde sobre o assunto no dia 7 de janeiro. A comunicação foi feita por telefone, ao ministro Eduardo Pazuello”, reforçou.
Ontem, à CPI, o general respondeu aos senadores que só foi comunicado do problema no dia 10 de janeiro, em reunião presencial com as autoridades de Manaus.
Na retomada do depoimento na quinta-feira, o ex-ministro da Saúde afirmou que a responsabilidade pela falta de oxigênio hospitalar em Manaus foi da empresa fornecedora, White Martins, e da Secretaria de Saúde do estado.