Governo francês enfrenta paralisação geral em vários setores
Dos transportes às refinarias, passando pelo comércio, escolas e universidades - é transversal o apelo à mobilização desta terça-feira em França.
Vários sindicatos convocaram uma paralisação geral para tentar travar o voto da reforma do sistema de pensões no Senado. Promete-se um "país parado" no braço de ferro contra o governo. Luta-se contra a alteração da idade da reforma dos 62 para os 64 anos.
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É o tema que domina praticamente todos os debates políticos no país há várias semanas. Os apelos a um "tsunami social" têm pela frente uma primeira-ministra, Élisabeth Borne, que salienta que a greve geral só vem penalizar os franceses mais pobres.
Espera-se também um forte impacto no setor energético, sobretudo na produção das centrais nucleares.
Os sindicatos pretendem suplantar a mobilização de 31 de janeiro, quando contaram mais de 2,5 milhões de aderentes em todo o país.