Governo francês tenta obrigar garis a voltarem ao trabalho após 12 dias de greve em Paris
A situação do acúmulo de lixo nas ruas de Paris segue sem solução nesta sexta-feira (17), 12° dia de greve dos trabalhadores da limpeza pública. Após a "canetada" do governo na véspera para aprovar à força a reforma da Previdência, uma medida ativada pela Secretaria da Segurança Pública obriga garis a voltarem ao trabalho, mas a categoria mantém firme a mobilização.
Nesta tarde, as autoridades apontavam que mais de dez toneladas de lixo estavam acumuladas nas ruas da capital. Os trabalhadores da limpeza pública exigem o início de um diálogo com o governo, que permanece inflexível a qualquer tipo de negociação envolvendo a reforma da Previdência.
No início da semana, com o aumento das reclamações de parisienses sobre a falta de limpeza urbana, ministros passaram a responsabilizar a prefeita da capital francesa, a socialista Anne Hidalgo. Membros do governo nacional, de centro-direita, exigiam que ela recorresse às controversas "requisições", medidas que obrigam os trabalhadores a saírem da greve para resolver uma situação de emergência.
No entanto, Hidalgo se recusou a interferir na mobilização dos agentes de limpeza pública. "A única resposta possível para resolver a situação atual é dar início ao diálogo social e não recorrer a uma medida de força", justificou, em um comunicado divulgado nas redes sociais na quinta-feira (16).
Riscos sanitários e de segurança
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