Governo não indica representante para Fórum de Afrodescendentes da ONU
O Brasil não indicou nenhum representante no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, criado para discutir melhorias para a população negra. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
O fórum foi criado em agosto de 2021 após uma decisão da Assembleia Geral da ONU e tem dez integrantes, sendo dois por continentes. A Comissão foi aprovada dias depois que o Conselho estabeleceu um painel de especialistas para investigar racismo sistêmico da polícia contra afrodescendentes, tendo a morte de George Floyd nos Estados Unidos, como exemplo. As sessões anuais devem ocorrer em Genebra e Nova Iorque.
Os representantes devem atuar juntamente ao Conselho de Direitos Humanos da entidade e tem a função de promover inclusão social, econômica e política aos afrodescendentes na sociedade, eles devem também criar uma declaração sobre os direitos dos afrodescendentes na ONU.
O Brasil possui a segunda maior população afrodescendente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
A indicação para a comissão deveria ter sido feita pelo governo Bolsonaro desde o ano passado. Ainda segundo a coluna, a deputada, Renata Souza (PSOL-RJ), teria levado as questões brasileiras da população negra para o advogado norte-americano Justin Hansford, um dos integrantes do fórum, e ele teria prometido relatar as questões apresentadas por ela.