Governo articula saída de Weintraub do Ministério da Educação
A ala política do governo pressiona para que o presidente Jair Bolsonaro demita Abraham Weintraub do Ministério da Educação. Weintraub já foi chamado ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (15).
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A saída dele faz parte de uma trégua que está sendo construída por interlocutores de Jair Bolsonaro com os demais poderes.
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A participação do ministro em um protesto onde reiterou ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou a posição de que não dá para mantê-lo no governo. Sem máscara, Weintraub disse, no domingo (14), aos apoiadores que já tinha falado sua opinião sobre os “vagabundos”, em uma referência a sua declaração na reunião ministerial do dia 22 de abril, que tornou-se pública com a divulgação do vídeo pelo STF.
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A Medida Provisória que dava ao chefe da Educação o direito de escolher reitores de universidades federais durante a pandemia da Covid-19 também será usada como justificativa para a saída de Weintraub. O texto tinha o aval do presidente, mas já era esperado que a medida fosse mal recebida no Congresso, o que acabou colocando mais pressão sobre o ministro.
Interlocutores do STF já mandaram recado ao Palácio do Planalto de que o ideal seria que o titular da Educação seja demitido até a posse de Fabio Fabia no Ministério das Comunicações, marcada para quarta-feira (17).
Nos bastidores, assessores palacianos tentam chegar a um acordo com os filhos de Bolsonaro, apoiadores incondicionais de Weintraub. A solução seria remanejá-lo para outro cargo dentro do governo.
Dentro do governo, a avaliação é de que o ministro trabalha para viabilizar um projeto político próprio.
Weintraub é alvo no inquérito que apura fake news no STF e também manifestações antidemocráticas, além de ser investigado por declarações racistas em relação aos chineses.