Grupo da USP quer introduzir debate sobre direito dos animais

***ARQUIVO*** SAO PAULO, SP, BRASIL, 08-11-2015 -  Retrato do gato Orelhinha, com a advogada Paula Silva, que luta pelos direitos animais - (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)
***ARQUIVO*** SAO PAULO, SP, BRASIL, 08-11-2015 - Retrato do gato Orelhinha, com a advogada Paula Silva, que luta pelos direitos animais - (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de estudos sobre direito dos animais, da Faculdade de Direito da USP, vai lançar neste mĂȘs uma cartilha introdutĂłria com conceitos bĂĄsicos do assunto.

De acordo com o material, que aborda aspectos estudados hå décadas, a reivindicação central de diferentes vertentes é a de que os animais não devem ser considerados propriedade ou recursos naturais para fins humanos, devendo ser vistos como sujeitos de direito.

"A defesa dos direitos animais é um movimento que defende a inclusão dos animais na comunidade moral e, portanto, a igual consideração de seus interesses, tanto ética como legalmente. Argumenta-se que a supremacia humana perante os animais nada mais é do que uma forma de discriminação arbitråria, denominada especismo", diz a cartilha.

O material cita a utilização de animais em testes de produtos comerciais, fins educacionais e outros usos, como na alimentação, no entretenimento, no vestuårio.

A cartilha, coordenada pelo professor Carlos Frederico Ramos de Jesus, especialista no tema, vai indicar fontes de estudos e apontar decisÔes judiciais sobre direito animal proferidas por tribunais superiores.

Vai trazer tambĂ©m um tĂłpico sobre a defesa dos animais na prĂĄtica, com um passo a passo para denĂșncias de violaçÔes dos direitos dos animais.

O material nĂŁo aborda diretamente a questĂŁo do veganismo, mas dĂĄ base para a discussĂŁo, afirma Ramos de Jesus.

Segundo ele, a ideia é que esta seja a primeira de uma série de cartilhas, e as próximas ediçÔes receberão sugestÔes de novas abordagens para além dos membros do Geda FDUSP, o grupo de estudos que vem trabalhando no tema.

"É uma tentativa de introduzir, de tornar acessĂ­vel. É uma porta de entrada para esse tipo de informação, inclusive para quem nĂŁo Ă© da ĂĄrea jurĂ­dica", diz o professor.

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