Guarda Presidencial deu Planalto 'de bandeja' para terroristas, diz testemunha
Segundo assessor, a sensação era de "completo abandono"
(REUTERS/Ueslei Marcelino)
A Guarda Presidencial do Palácio do Planalto se omitiu de proteger o local durante os atos terroristas no Distrito Federal (DF) que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes. A afirmação é de um assessor do Planalto que conversou com o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
De acordo com o profissional, a impressão era de que a sede da Presidência da República estava abandonada e entregue aos extremistas. Ele preferiu não revelar sua identidade por medo de represálias.
A omissão dos militares pode ser por despreparo ou conivência, aponta.
O que diz o assessor?
Segundo ele, “não existia comando, não existia orientação”. A impressão era de “completo abandono”;
Os golpistas só foram controlados após a chegada da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal);
O assessor afirma ter visto e ouvido militares indicando uma saída para os invasores;
Essa saída não era com a intenção de efetuar prisões, mas sim de ajudar na fuga dos extremistas;
Agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) transitaram no Planalto, mas sem reprimir os terroristas.
“Desde a chegada dos invasores o Palácio estava abandonado, as funções e os pontos de localização dessa guarda estavam abandonados. A pergunta que fica é: onde eles estavam? Por que eles não atuaram? É impossível você acreditar que o batalhão presidencial, que é o responsável por aquela casa, não atuou conforme sua função. A pergunta é: quem estava no comando? Para mim fica muito claro que ocorreu alguma omissão ou conivência”, destacou em entrevista ao portal.
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