Guia da oitava etapa do mundial de surfe: Brasil
Depois de dois anos fora do calendário devido à pandemia do coronavírus, chegou a hora de Saquarema voltar a receber os melhores surfistas do mundo. Desta quinta-feira até o próximo dia 30, a praia de Itaúna, apelidada de "Maracanã do Surfe" por sua tradição e pela força das ondas, receberá o Oi Rio Pro, oitava etapa do circuito mundial. O funil está aumentando na briga por uma posição entre os cinco primeiros do ranking, e a prova nas ondas da Praia de Itaúna será fundamental para quem ainda sonha com o título mundial.
Líder do ranking e praticamente garantido no WSL Finals - a decisão do título em setembro, na Califórnia -, Filipe Toledo chega embalado após duas finais seguidas, em G-Land e El Salvador. O retrospecto em Saquarema também é animador para o paulista: venceu os eventos em 2018 e 2019. Ele estreia na quarta bateria, contra Samuel Pupo e o peruano Miguel Tudela.
Tudela é um dos substitutos da etapa, ao lado de Yago Dora e Michael Rodrigues. Os havaianos Seth Moniz e John John Florence e o americano Kelly Slater seguem machucados. João Chianca entra como convidado da prova. No feminino, a convidada é a peruana Sol Aguirre.
O palco: A Praia de Itaúna, em Saquarema, oferece duas ondas bem distintas. O Point, onde fica instalada a estrutura principal do campeonato, tem esquerdas longas e direitas um pouco mais curtas, ondas volumosas, com paredes fortes para manobras. Na extremidade oposta da praia, no canto direito, fica a Barrinha, uma onda forte e tubular que precisa de ondulações grandes para quebrar. Foi o que aconteceu nos últimos anos, e o evento acabou decidido lá.
Previsão: As chances são grandes de o campeonato começar já no primeiro dia, com boas ondas de até 1,5m, segundo Guilherme Aguiar, PhD em Engenharia Oceânica pela COPPE/UFRJ e analista de previsão de ondas do Surfline no Brasil. Ondulações não devem ser problema para a janela do evento, com os ventos sendo o fator determinante para a realização das baterias. Ainda é um pouco prematuro apontar, mas no cenário atual da previsão, o Oi Rio Pro poderia seria finalizado até terça-feira, ou mesmo antes.
Formato: a primeira fase é disputada em baterias de três surfistas, com o primeiro avançando às oitavas de final (no masculino) ou quartas (no feminino); os dois perdedores de cada bateria precisam disputar uma repescagem para seguir adiante. A partir daí, o evento é disputado em baterias com apenas dois competidores.
Favoritos: Filipe Toledo é o nome a ser batido em Saquarema, onde venceu em 2018 e 2019. Se o campeonato for para as rápidas direitas da Barrinha, suas chances aumentam ainda mais. Nas esquerdas de Itaúna, Italo Ferreira e Gabriel Medina surfam de frontside (frente para a onda) e podem levar vantagem. Ambos mostraram um surfe de alta performance em El Salvador. No feminino, Tatiana Weston-Webb precisa de um bom resultado e pode se dar bem em Itaúna. As australianas Stephanie Gilmore e Tyler Wright venceram etapas em 2018 e 2017.
Transmissão: Globoplay, SporTV (a partir das quartas de final) e site da WSL
Confira as baterias da primeira fase do masculino:
1: Italo Ferreira (BRA), Kolohe Andino (EUA), Yago Dora (BRA)
2: Griffin Colapinto (EUA), Matthew McGillivray (AFS), João Chianca (BRA)
3: Jack Robinson (AUS), Jake Marshall (EUA), Michael Rodrigues (BRA)
4: Filipe Toledo (BRA), Samuel Pupo (BRA), Miguel Tudela (PER)
5: Kanoa Igarashi (JAP), Connor O’Leary (AUS), Gabriel Medina (BRA)
6: Ethan Ewing (AUS), Jordy Smith (AFS), Jackson Baker (AUS)
7: Callum Robson (AUS), Caio Ibelli (BRA), Jadson Andre (BRA)
8: Barron Mamiya (HAV), Miguel Pupo (BRA), Nat Young (EUA)
Confira as baterias da primeira fase do feminino:
1: Brisa Hennessy (CRI), Lakey Peterson (EUA), Tatiana Weston-Webb (BRA)
2: Carissa Moore (HAV), Courtney Conlogue (EUA), Sol Aguirre (PER)
3: Johanne Defay (FRA), Isabella Nichols (AUS), Caroline Marks (EUA)
4: Stephanie Gilmore (AUS), Tyler Wright (AUS), Gabriela Bryan (HAV)