Herdeiras de ex-acionista da XP iniciam debate na Justiça sobre compra de participações
Está em discussão no TJ do Rio desde maio um ação para interromper a possível prescrição sobre fatos envolvendo a compra das participações de um ex-acionista da corretora XP. Guilherme Benchimol, um dos fundadores da XP, é demandado no caso.
A cobrança na 5ª Vara Empresarial do Rio foi feita pelas herdeiras de Luiz Kleber Hollinger da Silva, conhecido investidor e dono da AmericaInvest Corretora até 2007. Naquele ano, a empresa foi comprada pelo Grupo XP, dando início à corretora XP Investimentos.
Pois as herdeiras de Hollinger dizem que, após a morte do pai, em 2016, os executivos da XP adotaram postura abusiva sobre a "opção de compra de ações". O advogado que as representa diz que a família não teve acesso à informações importantes, como a negociação da compra de participações da corretora pelo Itaú.
Ela citam que "a avaliação do investimento da Companhia na XP Investimentos e na XP CCTVM era estratosfericamente superior àquela adotada na apuração do valor das ações de Hollinger". À época da morte de Holliger, Guilherme Benchimol se referiu ao acionista como o "verdadeiro sócio-fundador" da XP.
As herdeiras pedem à Justiça que seja interrompido o prazo de prescrição, sob o argumento de que a venda das participações foi abaixo do valor real da empresa. A discussão do prazo prescricional é fundamental para viabilidade da pretensão de ressarcimento pelos prejuízos alegados.