Sniper da PM mata sequestrador que fazia reféns em ônibus na Ponte Rio-Niterói
Um homem armado que mantinha reféns dentro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, na manhã desta terça-feira (20), foi baleado e morreu, após quase 4 horas de sequestro. A ação foi acompanhada por policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da PM (Polícia Militar) e forças especiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
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Por volta das 9h, uma sequência de disparos foi ouvida após o sequestrador descer do veículo e arremessar uma mochila. O Comando da PM afirmou à GloboNews que o tiro partiu de um sniper da PM e atingiu o sequestrador na perna. Ele foi colocado em uma ambulância, mas não resistiu e morreu.
Fim do sequestro do ônibus na Ponte Rio Niterói. Criminoso foi abatido por sniper do Bope. pic.twitter.com/KmU3Obm8MJ
— 🚨 Noticias do RJ 🚨 (@NoticiasdoRJ1) August 20, 2019
O sequestrador - que ainda não teve a identidade revelada - dizia ser PM, ameaçava incendiar o veículo e usava uma arma de brinquedo.
Após o fim da ação, o governador do Rio, Wilson Witzel, foi de helicóptero ao local, desceu celebrando o desfecho e conversou com agentes de segurança que coordenaram a ação.
“Essa solução não era a melhor possível, ideal era que todos saíssem com vida, mas nossa prioridade era salvar os reféns. Foi um trabalho muito técnico da PM que soube aproveitar a melhor oportunidade”, afirmou Wilson Witzel.
Durante as negociações, seis passageiros - dois homens e quatro mulheres - que eram mantidos reféns chegaram a ser liberados. A polícia afirmou que, ao todo, 37 pessoas estavam no veículo. Ainda não se sabe o motivo do sequestro.
A AÇÃO
O ônibus é da Viação Galo Branco, da linha Jardim de Alcântara-Estácio, e foi abordado por volta das 5h30. Um dos reféns afirmou que o sequestrador embarcou em um ponto de ônibus já na Ponte Rio-Niterói e entrou anunciando o sequestro.
Ele amarrou as mãos das vítimas e ordenou que eles fechassem as janelas. Ao anunciar o sequestro, ele teria afirmado que não queria pertence de nenhum passageiro, e pintou o vidro do motorista e as câmeras com tinta spray.
O refém também afirmou à GloboNews que o autor do sequestro permaneceu calmo durante ação, por vezes riu e fez piadas. O mesmo refém afirmou que o sequestrador pediu um pagamento de R$ 30 mil e em nenhum momento impediu que passageiros usassem seus telefones celulares para se comunicarem com parentes ou outras pessoas.
REFÉNS LIBERADOS
Ao usar a tinta spray dentro do veículo, duas mulheres começaram a passar mal e pediram para serem liberadas. Elas foram as duas primeiras reféns a saírem do ônibus, uma às 6h19 e outra às 6h38.
Outros dois homens foram liberados também alegando que estavam passando mal.
Durante a ação, a polícia tratava o sequestro como premeditado, uma vez que o sequestrador aparentava já ter objetos preparados, como um coquetel molotov que ele jogou para fora do veículo. Ele também tinha gasolina e uma pistola de choque.
Em determinado momento, o sequestrador chegou a colocar parte do corpo para fora do veículo. Ele estava de camisa branca, calça preta, boné preto e usa um pano preto para cobrir o rosto.
A linha desse ônibus sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e vai até o Centro do Rio. Grande congestionamento foi formado no acesso da via e a estimativa é que o sequestro provocou cerca de 80 quilômetros de engarrafamento na cidade do Rio.
No Twitter, a Ecoponte, concessionária da ponte Rio-Niterói, recomenda o uso de barcas para fazer a travessia no sentido Rio. Não há alternativa viária para fazer o trajeto.