Influencer faz comentário homofóbico sobre vaga para autista em shopping: "Pra viado"
Influenciadora foi criticada nas redes sociais por um vídeo postado na última terça-feira
Nele, a mulher faz comentários homofóbicos, gordofóbicos e preconceituosos contra pessoas autistas
Diante da repercussão, a influencer voltou ao Instagram para pedir desculpas
Uma influenciadora digital foi criticada nas redes sociais após realizar comentários homofóbicos, gordofóbicos e preconceituosos contra pessoas autistas em um vídeo postado na última terça-feira (14).
Dona de quase 35 mil seguidores no Instagram, Larissa Rosa utilizou a plataforma para “zombar” de uma vaga exclusiva para autistas em um shopping de Goiânia.
“Gente, olha isso aqui. Agora tem vaga exclusiva para autistas. Cara, o mundo está muito difícil. Quero saber quando vai ter vaga para gordo estressado”, diz, dando risada.
Em um segundo registro, ela diz que “não tem nenhum problema com autista”, mas que o espaço é “tão colorido que achei até que era vaga para viado”.
Os vídeos imediatamente repercutiram negativamente. Momentos mais tarde, Larissa e a mãe dela, que também aparece fazendo comentários jocosos, postaram novas filmagens, desta vez pedindo desculpas.
A influenciadora afirmou que publicou o vídeo inicial em um grupo com apenas 18 pessoas, “seus melhores amigos”. “Então, nem filtrei o que eu estava falando, mas não foi uma coisa que eu realmente acredito”, completou.
Diante das insistentes críticas, Larissa voltou a manifestar-se nesta quarta-feira (15) sobre o caso, desta vez por meio de nota, na qual considera que as pessoas têm razão ao ficarem “revoltadas” com seus comentários.
“Agora, entendo que a forma que me senti com esse turbilhão ainda não chega perto do que muitas mães e outros grupos sentiram ao ouvir as palavras infelizes que pronunciei”, escreveu. “Minhas palavras não podem ser vistas como brincadeira e não deveriam ter sido ditas nem para mim mesma, imagine para um grupo de 18 pessoas. Acreditem, elas não me representam em nada.”
Investigação do caso
De acordo com o G1, o delegado Joaquim Adorno, do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), informou que investigará as declarações feitas por Larissa e a mãe.
Elas podem ser autuadas pelo crime de discriminação de pessoa em razão de deficiência, com pena de dois a cinco anos de prisão.